antónio gedeão, porta da traição
Porta da traição
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Quero encontrar-me com vocês no desregrado convívio, na balbúrdia dos cafés. Nos altos bancos dos bares, nos transportes colectivos, nos recintos populares. Nos corredores dos cinemas, nos inóspitos lugares onde se mascam problemas. Juventude, juventude! Fogo de santelmo vivo num mastaréu de virtude. Braços meus, cálices brancos, aguardam corolas rubras no declive dos barrancos. Vinde, vinde, ó flor mimosa, ó cavaleiro Galaaz, que em dentes cerrados traz a promessa de uma rosa. Vinde, ó fugaz claridade, antes que a Vida vos tome e transforme a vossa fome em "coisas da mocidade". António Gedeão Obra Poética Edições João Sá da Costa 2001 |
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