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MCB 1 - gatataoesperando pacatamente o momento em que deve saltar no aéreo pra poisar sua bunda nas cálidas areias de pxo; quando tudo está tão silencioso como agora, é sinal que o divino está trabalhando pra gente... de borla; espere tua hora na saborosa paz do guerreiro e verás com teus próprios olhos surgir o fogo redemptor das asas do arcanjo transformar a babilônia cavaquista numa torcha encarnada pra esplendor de portugal ! recorda neste dia, oklahoma city, quando a natureza arrasa as monstruosidades capitalistas que os humanos famintos de justiça social são incapazes de mudar; quem muito espera ou é muito burro ou muito asno, diz o ditado popular, mas a verdade verdadeira encontra-se ao meio mesmo, como nos ensina o grande dalai lamas entre dois aéreos, dois discursos, dois delirios; é na ilha que se encontra o nabi, o nabo, o nababo e... o martini bianco com tremoços alhados! tal é o manjar celestial que nos espera no inevitavel café tavares : corre filha ! arromba sem mais temores as portas do paraíso, dona ! e lembra sempre o grande preceito cheguevarista de base : p'ra preservar tua saúde mental tão abalada, quebra JA ! tua televisao coreana & satanica ! mae, ô mãezinha do meu coração ! lembra amor : hoje, dia 22 de maio, é o dia mundial do QTG - Quebra Televisão Generalizado ! escuta dona, quero ouvir aqui, no meu recatado canto deste paraíso minhoto, o estrondo dessa quebra universal libertadora ! que conste pela essa rede fora, porque tudo o que digo é izatu, filha !
MCB 2 - monemvasia, peloponese, grécia ; é aqui, que a bela lisistrata quis por fim à guerra chamando as mulheres das cidades gregas à greve de toda actividade sexual com os homens! terá sido o lado fálico da ilha que lhe inspirou a sua arrojada iniciativa, mais tarde imortalizada por aristofanes ! (das 129 peças que julgamos que terá escrito, somente 7, e algumas aos farrapos, chegaram até aos nossos dias).
MCB 3 - robin hood's Bay, north yorshire, inglaterra ; aqui se experimentou cientificamente e pela primeira vez na historia moderna, a partilha exemplar da riqueza social : tudo para os pobres e nem uma migalha para os ricos ! os ricos ficarao muito zangados e criaram então mil instituições policiais e outros comandos militares : actualmente, os únicos lugares que dão emprego aos pobres !
ora bolas !
MCB 4 - paço dos duques de bragança, guimaraes ; aqui nao, nao se passou historicamente nada! assemelha-se muito ao palácio do Robin Hood mas pela simples razão que o Manholas tinha uma ou duas costelas muito muito britsh e mandou, do alto da sua cadeira (donde deveria mais tarde cair e partir os cornos) que se reconstrui-se JA ! o chalet vimaranense dos braganzas à semelhança da fortaleza do Mickey na Flórida ! e verdade verdade se diga, os turistas japoneses quando acabam de o visitar... ficam todos descrussuados e prometem nunca mais cair em tal esparrela!
(consta que o mobiliário antigo escolhido ao acaso no espólio nacional do Quelhas e que equipava monotonamente as inúmeras salas do paço, teria sido roubado este inverno por bandos de pobres famintos organizados em quadrilhas para aquecerem as lareiras dos seus lares, de todo desprovidos de electricidade por nao pagamento da pesada factura; consta ainda, que por falta de verbas, o atual mobiliario, que veio substituir o que que caiu sob a alçada popular, foi comprado por junto no Ikea de Matosinhos; os turistas japoneses ter-se-iam dado conta da marosca, dai... o grande amuo niponico!)
o subsecretário de estado dos negócios estrangeiros lusitano, que teria ficado a dormir em frente da televisão aquando do último porto-benfica, teria sido mobilizado JA ! e posto pela ponta das orelhas dentro do primeiro avião com destino a tokyo; objetivo : negociar as indemnizaçoes para apagar o GAN (grande amuo niponico); por seu lado, o primeiro vice-subsecretário de estado dos negócios estrangeiros japonês teria exigido JÁ ! (p'ralém do cacau reparador da praxe) a realização de um simpósio sobre "o estado das relações amistosas luso-nipônicas no espaço shengen" em presença do barroso, do cavaco, do alegre (para imortalizar poeticamente o evento) e do velho bochechas (no papel de jarrão de valadares) bem como toda a caserna dos bombeiros voluntários de belém que, como toda a gente sabe, tem por divisa : a bem da nação ! divisa essa que muito difere da equipa do OM (Olympique de Marseille) que aponta sem mais fintas : droit au but !
MCB-5
aqui, tomamos conhecimento com a grande
lamentação do frango de freixo-de espada-à-cinta no dia do espeto. Como de costume dava boleias, guarida & comida ao pires e a dois outros manganoes do cêcê de passagem na capital com destino à conchichina... Um dia, para passar o tempo enquanto que a patroa preparava o tacho, fui passea-los no quarteirão da bolsa. Estavamos nesta, quando de repente estacamos d'olhos esbugalhados diante dum cartaz em letras garrafais muito vermelhas sobre um fundo amarelo rutilante que fazia a apologia da banha da cobra feita a martelo, e como por acaso, estava colocado mesmo em frente de três agências de câmbio com bom aspeto, que eu, na minha simplicidade imaculada supus rezar assim : troquem aqui, c'roas por dolares e acola, dolares por francos e mais adiante, francos por c'roas e no final verao a magalhoça que vão arrecadar com esta simples brincadeira ! ...Oh pires, queres ver que deparamos com o famigerado negócio da china de que falam as mais antigas cronicas orientais, como a do iluminado fernao mendes minto, e sem ter que meter caravela mar dentro, e sem ter que desafiar o terrível adamastor do cabo dos trabalhos e de poucas esperanças e muitas vergonhas ...temos apenas que navegar ...a pé, não muito mais além c'u virar daquela esquina !?!... Que me dizes, maganao !? Ô meu anfitrião em boa hora inspirado, se o que me dizes é a verdade verdadeira... a coisa calha bem e é tão extraordinária, que já me está a chegar a água ao céu da boca !?!... Ô meu mãozinhas dos serviços básicos, sem os quais os quadros, por mais reguilas que sejam, nada sabem, nada podem e de quem o grande educador em seu devido tempo tecia o mais encomiástico elogio geral ! ...a proposito, lembras-te dele, lembras-te do paizinho de todos nós ?... Mas procedamos com metodo e com calma, pessoal ! e tu, meu mãozinhas d'oiro, se me permites o elogio, volta a refazer-me essas contas tim-tim por tim-tim, a ver se tudo isso tem rabo por onde se lhe pegue ...Pois tem-tem, e não é pouco, pires ! e não é pouco ...Nãaaao pode ser, maozinhas ! os banqueiros não estão aí, à esquina da rua para ajudar o pessoal a tomar o poder !?...só faltava essa ! Puxa, mas é uma alucinação, pessoal ! ...naaa pode ser ! tens a certeza que é mesmo assim ...um negócio da china, dizias tu !?!... Sim-sim, pires ! ...nao pode ser... mas não tarda muito vamos já sabê-lo ! Ora bem, tiremos a prova dos nove pela prática que é critério de todos os saberes, juntemos todas as notinhas num molhinho e vamos haver onde isto vai parar... Assim fizemos e num abrir e fechar d'olhos juntamos tudo, e tudo fomos cambiando e rindo. No final, quando voltamos a juntar as c'roas novas... ô mãezinha dos meus pecados... que decepção amarga ! tínhamos o mesmo ou quase o mesmo... isto é, tudo menos as massas das três chorudas comissões bancárias
...Agora, metia pena ver o pires... torcia-se todo, deprimido por ter caido na esparrela, por ter acreditado neste conto do vigário simples de mais, tão primário que tal não lembraria nem sequer à singela dona branca nem tão pouco ao famoso pozzi autor da não menos famosa pirâmide financeira fraudulenta (que o matematico marc artzrouni modelizou utilizando as equaçoes diferenciais do primeiro grau) : Acabrunhado
pela dor, lamentando-se e escondendo as lágrimas co'a vergonha, pensando ja no raspanete arrudal em perspectiva, o pires exigia antes de mais a minha promessa de proceder a uma autocrítica rigorosa, secreta e de joelhos. Ora, ora, na que tu nos foste meter seu... cinco-reis-de-gente ! Que vergonha se se vêm a sabê-lo... Esta não lembrava ao diabo, espumava o pires meio desfeito, suando as estopinhas e olhando de lado pr'os dois cêscês muito muito calados. E, enquanto o meu processo ia e vinha e perspectivando desde ja a ideia de como seria desculpabilizante a minha auto-flagelaçao, o pires foi-me passando um valente raspanete no mais genuino estilo arrudiano [do nome do temido controleiro-geral-extra-territorial-sem-mácula-e-sem-rival] : olha aqui seu cara, tomiii cuidado com você, pois por este andar você ainda vai acabar num oportunista safado, safado mesmo, seu génio maléééfico... seu cinco-réis-diii-gente ! Os dois cêscês lívidos, premaneciam de bico calado como de costume, e eu com a minha virgindade política bem abalada.
Hoje
, fala-se do pires para ministro dos negócios estranhos no gabinete elástico do costinha em nome do famigerado bloco das traiçoes mais avariadas que a naçao conheceu... sera mesmo verdade, pessoal ? ...é o acacio que deve estar aos pulos no cemiterio dos prazeres reclamando a companhia do espada ou do fernandes como parceiros de uma interminavel bisca lambida (
31.07.19)
MB-6 - décembre 1975, je me rappellerai toujours VJP seul, debout sur l'estrade du gymnase glacial, droit dans ses bottes proclamant aux délégués inquiets & médusés : suivez moi, c'est moi le chef ! prolétaires, je vous conduirai à la victoire ! ...et moi, plus tard dans même journée, l'égratignant maladroitement et par excès de zèle vis-à-vis du trio gagnant (C,F&R), par fidélité au sermon larmoyant de la rue de charenton ...le mythique & la mystique me torturaient l'âme, m'embrouillaient l'esprit et puis, vers la fin, le regret tardif est venu s'installer pour me ronger la mémoire lors de mes nombreuses nuits blanches ; novembre 1975, je me rappellerai toujours de VJP seul, courant les rues, criant devant les remparts des casernes : soldats, aux armes ! carlucci & bochechas intentent une troisième tentative de coup d'état contre le peuple ! rappelez-vous soldats, vous avez juré défendre la révolution, le poing levé ! ...mais vous ne bougez pas, vos officiers vous trahissent encore une fois... et la VII flotte yankee mouille l'encre devant le terreiro do paço, déjà... que faire, soldats ? que faites vous, que ne faites vous pas... le 5 août 2003, VJP est parti, partageant le sort commun de la plupart des vieillards de notre temps, bien seul. Dormir, enfin...
"Dans notre appel aux armes, nous avions mis Louis Bonaparte hors la loi. Le décret de déchéance, repris et contresigné par nous, s'ajoutait utilement à cette mise hors la loi, et complétait l'acte révolutionnaire par l'acte légal. [...] en révolution, la prudence est impossible, et l'on s'aperçoit bien vite qu'elle est inutile. Se confier, se confier toujours, telle est la loi des grands actes qui déterminent parfois les grands événements. L’improvisation perpétuelle des moyens, des procédés, des expédients, des ressources, rien pas à pas, tout d'emblée, jamais le terrain sondé, toutes les chances acceptées en bloc, les mauvaises comme les bonnes, tout risqué à la fois de tous les côtés, l'heure, le lieu, l'occasion, les amis, la famille, la liberté, la fortune, la vie, c'est le combat révolutionnaire." Victor Hugo, Histoire d'un crime. Déposition d'un témoin", Paris 1877.
MCB-7 - trump le fou / le deep state / le chaos / la morale / la guerre / les déterminations - on disait et certains le disent encore , que la politique imprévisible, brutal et expansionniste du III Reich, c’était le fait de la personnalité de son leader, un psychopathe, un vrai dingue qui menait le monde à sa perte, précipitant l'humanité sur les pentes chaotiques d'une nouvelle guerre mondiale revancharde . Ce n’était pas la bonne explication et elle ne le sera jamais. La bonne explication, celle qui éclaire l'analyse concrète de la situation concrète, trouve toujours sa racine dans les déterminations qui se dégagent de l'infrastructure à une phase précise de son développement historique. Certes, chacun peut constater que chaos est là, il est visible et épouvantable, surtout pour les peuples et nations se trouvant au premier loge, autrement dit, sous le viseur de l'agresseur yankee et ses acolytes (troupes et armes de l'otan, bandes de mercenaires du type badwater, les différents composants de l'état islamique....).
"Les Etats-Unis ont été en guerre 93% du temps de leur existence depuis leur création en 1776 c’est à dire 222 des 239 années de leur existence !"
On estime que les guerres menées par les américains qui ont suivi les attentats du 11 septembre 2011 ont tué environ 6 millions de personnes, sans parler des dégâts matériels qui ont réduit bien des pays du proche et moyen-orient à un tas de décombres. La stratégie du chaos est la fois spectaculaire et paradoxale puisqu'elle consiste à affermir la domination par la destruction...
"Les présidents viennent et partent, même les partis au pouvoir changent, mais la ligne politique reste en place. Alors, d'une manière générale, peu importe qui est à la tête des Etats Unis. Nous savons à peu près ce qui va se passer ". Cette réflexion de Poutine émise lors de l'entretien accordée le 4 juin 2017 à la chaîne américaine NBC dit long sur sa formation académique, au temps d'une urss baignant dans le capitalisme monopoliste d'état mais délivrant encore un enseignement basé sur la maîtrise du matérialisme dialectique et historique. Poutine nous disait donc, les agissements sur la scène internationale, la ligne politique dans ses traits essentiels de son "partenaire américain" sont pour l'essentiel prévisibles, et cela indépendamment du bonhomme qui occupe le bureau ovale de la maison blanche, car ce qui est déterminant n'est pas la pensée du leader, mais les enjeux œuvrant au niveau de l'infrastructure. Cette constatation est également à l'oeuvre lorsque nous abordons la dernière conflagration mondiale, l'essentiel de la politique du III reich était prévisible et conférait aux soviétiques une véritable supériorité stratégique sur la puissance de feu des nazis, puisque l'analyse dialectique des enjeux économiques leur donnait une avantage cruciale du point de vue politique et... militaire.
Poutine, le 20 décembre 2018, disait ceci : «Pour ce qui est de régner sur le monde, nous savons où se trouvent les quartiers généraux qui tentent de le faire, et ce n’est pas à Moscou», a-t-il raillé, en soulignant que le budget de défense de 46 milliards $ US de la Russie fait pâle figure en comparaison avec les 700 milliards $ annuels du Pentagone. Une déclaration que nous élucide sur un point cruciale: l'opposition, la résistance, l'affrontement inévitable avec les américains, dans la conjoncture actuelle partenaires et rivales à la fois, ne doit pas être uniquement envisagé du point de vu militaire (bien que son discours du 1er mars 2018, sur les questions militaires communiqués à la douma et au parlement réunis pour l'occasion, a de quoi nous faire froid dans le dos https://www.youtube.com/watch?v=jE4SYgs3AKs ). La parade aux agressions américaines est tout d'abord politique. Et elle est fondée sur les tentatives de construction d'une alliance solide avec les nations émergentes victimes directes de l'hégémonie yankee imposée par la contrainte. Sans toutefois négliger le renforcement militaire, surtout par l'introduction des technologies innovantes, l'enjeu déterminant se situe dans le terrain économique et politique. La décrépitude de l'appareil productif américain déjà bien en ruines, le nouveau collapse financier prévisible, le remplacement du dollar comme monnaie d'échange commercial universelle, doit conduire les pays émergents à cesser à terme d'être les vrais banquiers de l'expansionnisme yankee par l'achat massif de bons du trésor yankee. Contrer sur le plan international les alliances nouées avec les pays limitrophes, fragiliser voir saboter, l'alliance euro-américaine (l'union européenne / otan) apparaît comme un objectif prioritaire. Et surtout, au cœur même de l'appareil yankee, contribuer par les moyens appropriés à l'aggravation des contradictions au sein de la classe dirigeante que, depuis l'élection "inattendue" de trump, ne cesse de se quereller et de se diviser sur toutes les questions de société, depuis les enjeux et choix géopolitiques, en passant par les réseaux pédocriminels qui gangrènent le corps politique et idéologique du système ... jusqu'à à la politique d'émigration. Cette fracture de la classe dirigeante en deux blocs, ont conduit à la formation d'un appareil d'état bicéphale : maison blanche /pentagone. De tel sort que de nos jours l'essentiel des affaires sont du ressort du "deep state" (le pentagone, en particulier). Ce que explique le comportement clownesque de trump, "l'imprévisible", le contradictoire, le loufoque à la limite du ridicule... qui surprend plus d'un... (serait-il fou à lier ?...le capitalisme yankee aurait-il perdu la tête, n'aurait plus aucune morale ?). Trump à l'image de bien d'autres institutions-phare du capitalisme dans sa phase sénile, doit savoir gérer en permanence "le fait accompli," élaboré par "deep state", et l'encaisser tant bien que mal dans son programme national-sioniste à géométrie variable, salade impériale vendue à son propre peuple et au monde entier sous l'étiquette "america first"... comme si le néo-patriotisme trumpiste fusse désormais incompatible avec l'aigle impériale yankee étreignant les peuples du monde entier entre ses serres. https://www.dailymotion.com/video/xodi28
MCB-8 - un bilan clairvoyant de la guerre au moyen-orient et du rôle joué par leurs principaux intervenants à l'heure où la débâcle approche (Badia Benjelloun / Librairie Tropiques / 24 Octobre 2019)
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Épilogue pour un perdant.
1 / Dissonance cognitive.
Le conseiller officiel des princes français, successivement Mitterrand, Sarkozy puis Hollande, vient de soutenir que le souverainisme, autre nom pour un nationalisme économique et diplomatique, serait une nouvelle manière de formuler l’antisémitisme.
Attali est un fervent défenseur du sionisme qui est précisément un nationalisme fondé sur la revendication d’une terre usurpée à ses occupants et réservée exclusivement aux Juifs de tout pays. Mieux que toute autre démonstration, sa directionde l’hymne israélien devant un Shimon Peres,
https://www.dailymotion.com/video/xyr7rs#https://www.dailymotion.com/video/xyr7rs l’artisan des attaques sous faux drapeaux de communautés juives en Egypte et en Irak pour hâter leur émigration et père de la bombe atomique israélienne, dit son attachement viscéral à une entité coloniale raciale, expansionniste et belliciste. Tenir ensemble les deux positions tient lieu d’une acrobatie qui s’étaie d’une machinerie idéologique installant comme normalité acceptable et bien reçue ce type de dissonance cognitive. L’internationalisme d’Attali tel qu’il est prôné par les mass médias s’articule autour des intérêts des transnationales qui en sont les principaux actionnaires. Il préconise aussi l’interventionnisme militaire des Usa partout dans le monde qui assure leur domination sur un marché qu’ils ont souhaité sans limitation par des frontières. Pauvre Trump qui avoue ne pas savoir le nombre de pays et de sites (et nous non plus) où stationnent des forces militaires étasuniennes ! L’incohérence apparente de ses décisions s’éclaire d’un nouveau jour pour peu qu’on observe avec distance les slaloms qu’il emprunte pour appliquer sa doctrine personnelle de Défense exprimée depuis sa campagne électorale. Il ne l’a pas fondée sur une guerre sans fin contre l’ennemi du millénaire ‘ le terrorisme islamiste’. Cette Global War on Terror (GWOT) était le substrat qui devait dynamiser sous son impulsion destructrice l’économie étasunienne étranglée par la crise des dotcom, officialisée par Bush Junior et reprise par Obama. Il a revendiqué très tôt un isolationnisme au nom duquel les Usa ne devraient plus concourir à renverser des régimes auxquels ils ne comprennent rien. L’abandon annoncé de l’activité des services de renseignements, d’espionnage, de contre-espionnage, responsable de psy-ops et de regime change, motive la fronde d’une fureur inouïe soutenue contre lui par ses opposants.
2 / Désaroi.
La procédure de destitution promise à son encontre menée sous la direction de la porte-parole des Démocratesà la Chambre des Représentants correspond à ce moment où Bolton fut licencié et la décision fut prise du retrait des militaires étasuniens du Nord-Est de la Syrie. Nancy Pelosi repousse pour l’instant le vote qui permettrait l’enquête et la mise en accusation du POTUS actuel, ce qui témoigne du désarroi du camp belliciste et de l’atomisation du parti démocrate et d’un certain vertige devant la crise constitutionnelle qu’ouvrirait cette séquence à la veille des élections présidentielles. Les Démocrates et la Killary sinon à leur tête au moins instigatrice occulte se seraient avisés en outre qu’ouvrir le dossier de l’Ukraine exposerait les malversations sans nombre, la corruption profonde des responsables étasuniens du coup d’Etat de 2014. Patiemment avec un art consommé de l’esquive du négociateur en immobilier ou plus certainement par simple exploitation opportuniste des failles évidentes de l’adversaire, Trump démine le paysage et nettoie le marais puant de l’Etat réel qui double le formel de la Maison Blanche, celui des Renseignements et du CMI. Brenan, Comey et Obama sont en passe d’être mis en accusation par le nouveau ministre de la Justice.
La résolution bipartisane votée massivement (354 voix contre 60) au Congrès contre le retrait des forces militaires de Syrie n’a qu’une portée symbolique, elle indique néanmoins clairement l’orientation de la classe politique étasunienne perfusée par les donations de lobbys qui dirigent le pays, Lockheed, Boeing, Raytheon et AIPAC.
3 / Panique à Tel Aviv.
En effet, l’entité coloniale parrainée par l’ONU en 1948 s’estime menacée par la volonté de la Maison Blanche de mettre fin à la présence étasunienne au Moyen Orient. Tous les sionistes s’élèvent contre l’isolationnisme affiché de Trump. Le retrait des Usa met en échec le projet longtemps caressé par Israël de fragmenter la Syrie. Un Kurdistan syrien soutenu militairement par le régime de tel Aviv était bien l’un des enjeux de la guerre instituée en Syrie depuis 2011, drôle de guerre civile qui fait intervenir pas moins de neuf pays et une myriade de nationalités parmi les combattants pour la démocratie. Pour promouvoir le Rojava, la propagande, d’une efficacité éprouvée, a mis en avant des femmes en tenue de combat avec un physique avantageux selon les canons occidentaux. Elle a séduit une gauche européenne, très idiote et particulièrement utile, transformée par manque de perspective claire en l’alliée objective de l’impérialisme sioniste et étasunien. Un premier choc non amorti de cet abandon étasunien de la région a été enregistré par l’absence d’une réaction à la mesure de l’impact de l’attaque des Houtis sur les sites d’exploitation pétrolière de l’ARAMCO. L’envoi de 1000 ou 2000 soldats de l’US Army et le renforcement de la défense anti-missiles par des Patriot supplémentaires ne masque pas le désintérêt pour le sort des Saoud emberlificoté par un héritier de 32 ans pusillanime et responsable de l’engagement d’un royaume d’un autre âge dans une guerre ingagnable avec le Yémen et d’un blocus contre le Qatar un voisin et ancien allié. Certes, cette attitude indifférente a déplu à Tel Aviv mais elle permettra des ventes supplémentaires d’appareils et de dispositifs de surveillance par les nombreuses firmes israéliennes dédiées à la sécurité- coûteux et d’une utilité dérisoire.
Pourtant, Trump avec l’aide de son gendre Kushner s’est montré le plus sionistophile des présidents des Usa par l’ « octroi » de Jérusalem et le droit reconnu à Israël d’attaquer qui il veut au Proche Orient, reconnu comme son terrain de jeu exclusif.
4 / Lâchage du surgeon.
Israël est de plus confronté à une crise politique ouverte par l’absence de majorité claire pour la formation d’un nouveau gouvernement. Netanyahu a renoncé à la mission que lui a confié le Président faute de consensus autour de sa personne, compromise dans des affaires de corruption désormais trop voyantes.
Il devient impérieux pour l’exécutif de l’entité sioniste de tenir compte d’une réalité de plus en plus prégnante, les Usa ne frapperont pas militairement l’Iran, on le sait depuis les demandes réitérées de Sharon. Les sanctions économiques qui frappent durement la République islamique d’Iran renforcent une cohésion patriotique. Elles créent une fragilité politique dans le pays car la petite bourgeoisie urbaine, particulièrement atteinte par cette guerre économique, peut à tout moment rentrer en rébellion ouverte et déclencher des manifestations susceptibles d’être manipulées par les mains bien visibles des révolutions colorées.
Les modalités du retrait américain du sol syrien, incomplet car 300 ou 400 soldats continueraient de ‘protéger’ (sic !) le sous-sol riche en hydrocarbures du Nord Est syrien du gouvernement légal de Damas sontencore discutées et disputées.
Le transfert des garnisons américaines en Irak, illégal car elles n’y sont pas invitées par un gouvernement irakien opportunément contesté, est en cours et se poursuivra.
Toutes les lamentations déversées dans les journaux israéliens n’y changeront rien.
L’exécutif étasunien est touché d’un certain degré de sagacité et de clairvoyance concernant les guerres menées au Proche Orient dans l’intérêt exclusif d’Israël. Obama déjà a été fustigé abondamment par pour avoir refusé de bombarder la Syrie en 2013 lors du montage rocambolesque par des acteurs affublés de casques blancs d’une attaque chimique au chlore alléguée par Assad de son opposition.
Trump en homme d’affaires plus ou moins avisé a également fait un prompt calcul. Sa décision est frappée de coin d’un bon sens d’investisseur et spéculateur immobilier. La donne pétrolière ne justifie plus une telle présence au Proche Orient, le pétrodollar arrive en fin de course et les ressources dans le sous-sol séoudien aussi. Il semble plus opportun de développer une indépendance énergétique quitte à aggraver le désastre écologique et financier grâce aux forages pour l’exploitation des hydrocarbures piégés dans les roches schisteuses.
Les affrontements entre la Chine et la Russie et l’Occident sont à observer désormais au sein du continent africain, réservoir de matières premières irremplaçables. Des dizaines de milices à la solde de transnationales dans le Sud et le Nord Kivu à l’Est de la République Démocratique du Congo ont fait des millions de morts ces dernières années. Goma, ville frontalière proche du Burundi et du Rwanda, est réputée pour être la ville la plus dangereuse au monde. Israël a investi depuis des décennies dans des relations avec des pays africains pour les appuis diplomatiques qu’il pouvait en obtenir, une politique de revers par rapport à la Ligue Arabe à l’époque du front de refus arabe mais aussi pour les ressources minières comme le diamant. L’industrie diamantaire israélienne est en pleine crise dans un contexte de fléchissement mondial de la demande en pierres précieuses. (L’or se porte bien, merci la guerre commerciale et monétaire initiée par Trump). L’acquisition d’un savoir-faire par l’industrie chinoise d’un diamant synthétique indiscernable du diamant naturel détrônera à jamais cette spécialité autrefois à la fois lucrative et sanguinaire de l’Etat hébreu. La Chine est déjà bien établie économiquement en Afrique, elle offre maintenant son appui militaire pour consolider sa présence et pérenniser l’expansion de ses entreprises nationales dont les domaines d’activité excèdent largement la seule occupation extractive.
Les affrontements entre la Chine et la Russie et l’Occident sont à observer désormais au sein du continent africain, réservoir de matières premières irremplaçables. Des dizaines de milices à la solde de transnationales dans le Sud et le Nord Kivu à l’Est de la République Démocratique du Congo ont fait des millions de morts ces dernières années. Goma, ville frontalière proche du Burundi et du Rwanda, est réputée pour être la ville la plus dangereuse au monde. Israël a investi depuis des décennies dans des relations avec des pays africains pour les appuis diplomatiques qu’il pouvait en obtenir, une politique de revers par rapport à la Ligue Arabe à l’époque du front de refus arabe mais aussi pour les ressources minières comme le diamant. L’industrie diamantaire israélienne est en pleine crise dans un contexte de fléchissement mondial de la demande en pierres précieuses. (L’or se porte bien, merci la guerre commerciale et monétaire initiée par Trump). L’acquisition d’un savoir-faire par l’industrie chinoise d’un diamant synthétique indiscernable du diamant naturel détrônera à jamais cette spécialité autrefois à la fois lucrative et sanguinaire de l’Etat hébreu. La Chine est déjà bien établie économiquement en Afrique, elle offre maintenant son appui militaire pour consolider sa présence et pérenniser l’expansion de ses entreprises nationales dont les domaines d’activité excèdent largement la seule occupation extractive.
5 / Le nucléaire turc en bonne voie
Israël en entreprenant avec les néoconservateurs sionistes étasuniens la guerre contre le terrorisme et le remodelage du Grand Moyen Orient a échoué à détruire toute opposition à son projet d’extension jusqu’à l’Euphrate. Au contraire, l’Iran, sans partager aucune frontière avec lui l’entoure de toute part, par l’intermédiaire de formations politiques comme le Hezbollah du Liban et les Houtis du Yémen et de pays alliés comme la Syrie et l’Irak. La preuve de sa vulnérabilité à la technologie militaire iranienne a été administrée par l’attaque des deux sites de l’ARAMCO en Arabie.
La rencontre de Poutine avec Erdogan du 22 octobre à Sochi a scellé un accord décisif qui consacre l’intégrité territoriale d’une Syrie souveraine, n’en déplaise au conseiller inamovible des condottieri français. La déclaration publique commune cèle certainement des points essentiels tus par les deux chefs d’Etat. Erdogan veut parachever le programme nucléaire turc qui ne sera pas nécessairement limité à un usage énergétique. Le coefficient d’affinité élevé d’Ankara pour le Kremlin avec les orientations très accommodantes pour les vues russes résulte sans doute de cette ambition.
N’ayant pas voulu entendre d’une oreille attentive les revendications justifiées d’un Moyen Orient totalement dénucléarisé, Israël devra compter sous peu avec une bombe nucléaire turque voire même une bombe séoudienne. Et l’entité coloniale perdra l’exclusivité de la possession de têtes nucléaires au Proche Orient, ce qui garantissait son immunité.
Dans cette équation à multiples variables, les solutions ne sont pas univoques mais certaines sont maintenant exclues. Assad restera comme une constante parmi l’étendue des issues possibles. Peu importe que des milliers de Djihadistes soient ‘relâchés dans la nature’ lors du mouvement précipité de retrait des troupes étasuniennes. Ils atterriront sans doute dans le champ magnétique des shekels israéliens mais sans l’aide de la Turquie qui fut plus que compréhensive avec eux ni des ressources fournies par les Usa qui ont couvert logistiquement leurs opérations. Les mercenaires se replieront vers d’autres destinations quoiqu’en dise l’exécutif turc. Les forces russes en Syrie s’occuperont d’empêcher le retour à la maison des groupes tchétchènes et daghestanais de Daesh , combattants les plus aguerris de l’ex Etat islamique.
[L’enveloppe budgétaire de la Défense a progressé, 585 $ milliards en 2017, 640 en 2018. En réalité, les sommes allouées au Pentagone et autres composantes du dispositif de défense nationale ont atteint 717 $ milliards pour 2018. Pour 2019, une hausse de 7% a été consentie pour le budget du Pentagone. (...) Ce sont plus de 30 000 courriels de la Convention démocrate qui ont été divulgués par Wikileaks en juillet 2016 qui prouvaient que les hauts responsables du Parti démocrate truquaient les primaires en faveur d’Hillary Clinton au détriment de l’aile gauche du parti figuré par Bernie Sanders. (...) Le triomphe de Trump en novembre 2016 c’est le ratage de l’alliance pourtant donné gagnante à 10 contre un de la CIA et de la presse dominante. L’acharnement contre Trump est à la mesure du désappointement de l’Etat profond, celui qui a assassiné Kennedy, poussé à la démission Nixon et a failli destituer Clinton. Cette situation pour le moins inédite donne d’un Etat hégémonique qui tient à son rang et sa fonction de gendarme du monde un spectacle sordide et signifie sa décadence. ]
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[WASHINGTON, 16 octobre (Xinhua) -- La Chambre des représentants américaine a voté massivement mercredi pour adopter une résolution visant à inverser la décision du président américain Donald Trump de retrait des troupes américaines du nord de la Syrie sur fond d'offensive turque en cours.
La résolution a reçu un soutien bipartisan de 354 voix contre 60, qui "s'oppose à la décision de mettre fin aux efforts américains visant à empêcher les opérations militaires turques contre les forces kurdes syriennes dans le nord-est de la Syrie".
La résolution, largement symbolique, a été parrainée par le président démocrate de la Commission des affaires étrangères Eliot Engel, et par le président de la Commission sur la sécurité intérieure, Michael McCaul, le numéro un républicain. Une mesure d'accompagnement au Sénat a été présentée mardi.
La résolution intervient alors que le vice-président américain Mike Pence et le secrétaire d'Etat Mike Pompeo sont en route vers la Turquie où ils arriveront plus tard dans la journée pour proposer un cessez-le-feu sur le front syrien, proposition rejetée d'avance par le président turc Recep Tayyip Erdogan.
Washington a imposé lundi un train de sanctions contre la Turquie en réponse à ses opérations militaires en Syrie. Celles-ci comprennent l'inscription sur une liste noire de hauts responsables turcs, l'arrêt des négociations commerciales bilatérales et la hausse des droits de douane sur les importations d'acier turc.
Ces sanctions interviennent quelques jours après le lancement par la Turquie d'opérations militaires ciblant les forces kurdes dans certaines parties du nord-est de la Syrie, tandis que le président Trump a ordonné le retrait d'environ 1.000 soldats américains déployés sur place. French.xinhuanet.com , Publié le 2019-10-17 ]
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[La militante qui se fait appeler « Greekemmy » sur les réseaux sociaux régente un groupe de femmes « petites mains » qui occupent les sièges mais cèdent leur place au gré de l’arrivée « d’hommes importants » comme Pilger, Livingstone, Vaughan Smith puis même Juan Branco et Maxime Nicolle bien plus tard. Il suffit que Greekemmy crie « substitution » et immédiatement une femme se lève et donne sa place. Je ne trouve pas ce procédé honnête et il est illégal (...) La salle est vite remplie et commence alors le manège des « substitutions » qui permet à Juan Branco de s'asseoir entre John Pilger et Ken Livingstone à ma droite malgré son retard. Il a quand même essayé de prendre place dans la salle d’audience parmi les journalistes, mais les huissiers le font sortir car il n’a pas de carte de presse et n’est pas avocat inscrit au barreau anglais. Ils lui demandent aussi de faire fouiller son sac par la sécurité qu’il a aussi visiblement réussi à éviter. Un peu rouge, le jeune Français médiatique obtempère. Maxime Nicolle arrivera vers la fin de l’audience, selon le même procédé une militante se lèvera pour lui céder la place, il sera assis à coté de son ami. (...) Alors je suis intriguée car je remarque Hrafnsonn, Pilger et Lockhart Smith sortir d'une « consultation room 4 », salle normalement fermée car réservé aux avocats. Ils ont l’air contents d'eux. Par la vitre de cette salle je vois aussi Juan Branco en conversation avec Renata Avila responsable dans l’organisation Open Democracy financée par Goerges Soros et responsable politique dans le mouvement de Yanis Varoufakis Diem 25 ! Monika Karbowska,Le procès de Julian Assange le 21 octobre 2019]
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L’industrie du diamant, pilier de l’économie d’Israël
Le diamant est une pierre qui évoque des émotions et des images très fortes : pour certains, gage d’amour et d’engagement, il symbolise la pureté. Pour d’autres, il réveille le souvenir douloureux des enfants soldats et des mineurs sacrifiés pour le profit de quelques-uns.
Les diamants de sang on fait couler beaucoup d’encre, et l’extraction de pierres dans certaines mines d’Afrique continue à alimenter la polémique. Pourtant, d’une manière générale, tout porte à croire que le problème des diamants de sang a été réglé par les différentes institutions chargées de nettoyer le marché et de rassurer les consommateurs. La réalité est tout autre.
En 2000, l’industrie mondiale du diamant a mis sur pied le Conseil Mondial des diamants (World Diamond Council, WDC) en réponse à l’indignation du public face à l’utilisation de diamants bruts pour financer des conflits en Afrique. Ce dernier avait pour mission de développer un système de traçabilité des diamants bruts pour prévenir leur utilisation à des fins illicites telles que la guerre.
En 2003, le WDC a introduit un système d’auto-régulation appelé Processus de Kimberley, censé enrayer le flot de diamants de sangs, appelés aussi diamants de conflit. Cet objectif louable a malheureusement été biaisé par la définition étriquée d’un diamant de conflit, ou diamant de sang, choisie par les différents protagonistes : « diamants bruts utilisés par des mouvements rebelles ou leurs alliés pour financer un conflit visant à renverser des gouvernements légitimes » . Le commerce lucratif des diamants polis et taillés échappe donc aux restrictions qui s’appliquent aux diamants bruts en matière de droits humains.
Le rôle d’Israël dans l’industrie diamantaire
Les gens ignorent souvent qu’Israël est un des principaux exportateurs de diamants taillés du monde, et une plateforme importante pour le commerce de diamants bruts . Sa place dominante dans l’industrie mondiale contribue à maintenir le silence autour des failles du Processus de Kimberley : Israël est membre du WDC, et a présidé le Processus de Kimberley en 2010.
Les diamants taillés n’étant pas marqués, il est impossible de distinguer un diamant taillé en Israël d’un diamant taillé ailleurs, et le consommateur risque d’alimenter, sans le savoir, les caisses d’un Etat accusé de crimes de guerre, crimes contre l’humanité, nettoyage ethnique, apartheid, violations des Conventions de Genève, etc. !
L’industrie du diamant est un pilier de l’économie d’Israël : en 2008 la valeur ajoutée à l’économie israélienne grâce à leur exportation était de presque 10 milliards de dollars (voir info-palestine.net). Les compagnies israéliennes importent des diamants bruts pour les tailler et les polir, augmentant ainsi leur valeur avant de les exporter.
Les Etats-Unis représentent le principal marché des diamants d’Israël (environ 50 % des diamants vendus aux US viennent d’Israël), et 8 % de la production israélienne aboutit en Suisse ?, où ils sont consommés par l’horlogerie et la bijouterie.
Un lien direct avec l’armée
Les diamants en provenance d’Israël ne sont pas des diamants de sang au sens où l’entend le Processus de Kimberley car ils ne sont pas bruts. Pourtant, en alimentant l’économie de l’occupation, ils contribuent à financer des violations des droits de l’homme et une politique de colonisation et de nettoyage ethnique.
Dans son témoignage pour le Tribunal Russel sur la Palestine en 2010, l’économiste politique israélien Shir Hever a déclaré : « De manière générale, l’industrie du diamant israélienne participe aux industries militaro-sécuritaires d’Israël à hauteur de 1 milliard de dollars chaque année… chaque fois que quelqu’un achète un diamant qui a été exporté d’Israël, une partie de cet argent finit dans l’armée israélienne, donc le lien économique est tout à fait clair ».
Les profits générés par la vente de diamants contribuent, par le biais de l’impôt, à financer l’armée. Le marché des diamants est donc contaminé par des pierres travaillées dans une zone de conflit, alimentant un système d’oppression et d’apartheid.
Que les diamants en provenance d’Israël soient ou non reconnus officiellement comme des diamants de sang ou de conflit ne doit pas nous empêcher d’informer la société civile et de l’encourager à agir. L’appel au boycott (BDS) s’applique en effet à n’importe quel produit, des fruits aux légumes à l’industrie pharmaceutique, en passant par l’électronique et les diamants. En ciblant un pilier fondamental de l’économie israélienne, la campagne BDS pourrait mettre en péril la capacité d’Israël à financer l’occupation et la colonisation des Territoires palestiniens.
Les diamants sont très présents dans l’économie suisse, alimentant la bijouterie et l’horlogerie, des secteurs commerciaux importants pour notre pays. En avril 2011, un « courrier des lecteurs » publiée dans le magazine Retail Jeweller a suscité la colère dans l’industrie du diamant, et a mené au retrait du magazine de la foire de l’horlogerie Baselworld à Bâle. L’auteur, un activiste irlandais, demandait, que les diamants taillés en Israël soient considérés comme des diamants de sang. Les réactions virulentes à la publication de la lettre mettent en évidence la sensibilité du milieu à une révélation des liens entre les diamants et les crimes de guerre d’Israël.
L’éclat des créations réalisées avec des diamants en provenance d’Israël est terni par la souffrance et l’humiliation du peuple palestinien, et les salons de l’horlogerie et de la bijouterie qu’accueille la Confédération contribuent à maintenir le silence autour des diamants de conflit d’Israël. Il est temps que la société civile suisse s’engage pour faire cesser cette complicité !
Pascaline Fahy
Membre du Comité Urgence Palestine
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Fureur
Pourquoi une telle fureur et tant de passion mauvaise ?
Un acharnement en illégitimité a débuté aussitôt qu’il fut déclaré élu.
Des fonds furent très rapidement levés pour procéder à un nouveau décompte des voix dans trois États, des anomalies statistiques relevées par des experts ont fait soupçonné un piratage électronique en faveur du vainqueur. Son investiture le 20 janvier 2017 fut saluée dès le lendemain par des manifestations monstrueuses mobilisant des millions d’opposants. Des marches ont été organisées pour la défense des droits civiques dans les plus grandes villes, les femmes et les minorités se sont senties menacées alors que Trump n’a jamais affiché que des positions modérées sur les questions sociétales ( mariage des homosexuels et droits des transgenres par exemple). D’emblée, les intenses campagnes de diffamation menées contre le 45ème Président des Usa ont fait régner une atmosphère de guerre civile larvée.
L’ampleur et la durée des réactions hystériques de l’establishment et de ses institutions patentes ou fondues dans le paysage (l’État profond) ne peuvent s’expliquent par l’aversion pour l’isolationnisme clairement affiché de Donald Trump. Après tout, il ne sera jamais malaisé pour le Pentagone de faire voter des budgets en accroissement constant en accord ou en dépit de l’hôte de la Maison Blanche. L’enveloppe budgétaire de la Défense a progressé, 585 $ milliards en 2017, 640 en 2018. En réalité, les sommes allouées au Pentagone et autres composantes du dispositif de défense nationale ont atteint 717 $ milliards pour 2018. Pour 2019, une hausse de 7% a été consentie pour le budget du Pentagone.
Travail laborieux
Un long feuilleton a dès lors été entrepris pour tenter de destituer celui qui ne fut pas le candidat prévu par le programme avec des épisodes lamentables où un grand rôle fut joué par des anciens du MI6. Aucune preuve ne fut apportée à la prétendue ingérence russe dans les élections de novembre 2016. Jusqu’à l’intervention d’un Mueller sénile et en déficit d’arguments convaincants devant les commissions de la justice et du renseignement du Congrès, le POTUS était soupçonné être un agent d’un gouvernement étranger auquel il serait redevable car il l’aurait aisé à être porté au pouvoir. Donc d’être d’intelligence avec l’ennemi, pas moins. Le rapport aurait établi une ingérence russe mais pas de collusion avec le candidat. Les accusations contre l’homme à abattre ont changé de contenu, il est quand même coupable d’avoir fait obstruction à la justice plus d’une dizaine de fois au cours de l’enquête. L’art de la rhétorique a été mis au point par des orateurs grecs qui faisaient office d’avocats dans la Grèce antique. Cet art ne repose pas sur la démonstration raisonnable de faits avérés et de leur enchaînement éventuel logique, mais sur la persuasion de l’auditeur en requérant son approbation et en la charmant tout au long du déroulement du discours. Cette technique discursive a donné naissance aux sophistes et à leur enseignement fortement rétribué par les familles de leurs élèves. . La société étasunienne est fortement judiciarisée et ces mœurs sont lisibles dans la manière dont les politiciens mènent leurs attaques. Trump est au moins coupable d’avoir entravé le cours de la justice, donc pas nécessairement innocent de ses liens inavoués avec Poutine. Le glissement vers un autre délit dans l’affaire très est opportun et autorise la suspicion. Un autre bénéfice en résulte pour les accusateurs, l’oubli de l’origine de l’enquête. Ce sont plus de 30 000 courriels de la Convention démocrate qui ont été divulgués par Wikileaks en juillet 2016 qui prouvaient que les hauts responsables du Parti démocrate truquaient les primaires en faveur d’Hillary Clinton au détriment de l’aile gauche du parti figuré par Bernie Sanders.
L’éternelle main invisible de Poutine
Les adversaires de Trump n’ont eu de cesse d’accuser la Russie d’avoir hacké le serveur du Parti pour favoriser leur agent. Le bruit fait autour de l’intervention alléguée des renseignements russes occulte ce qu’a permis de révéler Julian Assange, à savoir la manipulation et la malhonnêteté de l’équipe Clinton, la préférée de Wall Street et de la CIA. Le format dans lequel ont été publiés les courriels indique clairement qu’ils ont été prélevés depuis un dispositif périphérique comme une clé USB et pas par une intrusion.
De plus, la NSA est dotée de tous les moyens pour identifier tous les échanges de courriels au niveau domestique ou depuis l’international et aurait pu donner la preuve irréfutable d’un « hammeçonnage » du serveur de la DNC et le tracer pour remonter aux auteurs. Les 35 813 emails postés par Wikileaks ont été dérobés par une personne qui avait accès aux données du Parti, soit quelqu’un de l’intérieur. Il est difficile d’apprécier combien ces révélations de trucage des primaires ont pesé dans l’échec de Clinton face au Républicain mais il est probable que l’électorat ‘socialisant’ démocrate s’est au moins abstenu et y a contribué. Les technocrates de la CIA, habitués à fomenter et réussir des révolutions colorées, des coups d’Etat et de fausses guerres civiles en manipulant certaines fractions mécontentes des population, ont été tout surpris de ne pas conduire la fille du sérail, malgré ses absences, ses chutes, ses mouvements désordonnés et autres anomalies neurologiques assez évidentes, jusqu’à la Maison Blanche.
Le triomphe de Trump en novembre 2016 c’est le ratage de l’alliance pourtant donné gagnante à 10 contre un de la CIA et de la presse dominante.
L’acharnement contre Trump est à la mesure du désappointement de l’Etat profond, celui qui a assassiné Kennedy, poussé à la démission Nixon et a failli destituer Clinton. Cette situation pour le moins inédite donne d’un Etat hégémonique qui tient à son rang et sa fonction de gendarme du monde un spectacle sordide et signifie sa décadence. Ce qu’il donne à montrer c’est une énorme faiblesse par perte de contrôle des éléments de propagande. Les coups répétés ont renforcé l’homme d’affaires alors qu’il suffisait d’attendre et de l’attaquer par surprise en fin de mandat.
Agent d’Exxon Mobil
La nouvelle séquence concoctée contre l’ancien acteur de télé-réalité renforce cette impression. Le lanceur d’alerte cette fois issu des rangs d’une agence de renseignement étasunienne en voulant prouver un acte anticonstitutionnel du Président allume des projecteurs sur des malversations et corruption profonde de l’un de ses adversaires.
Les 50 000 dollars mensuels distribués au fils Biden pour siéger au Conseil d’Administration d’une entreprise pour l’activité de laquelle il est notoirement incompétent pose un problème éthique (en principe). Marchander un prêt d’argent à un chef d’Etat à la condition qu’il suspende de ses fonctions un procureur en charge d’enquêter sur les anomalies concernant cette entreprise est une entorse inacceptable à la morale et au droit.
Toute cette machination sent trop le gaz pour qu’elle soit si simple que cela.
Burisma et Shell devaient exploiter le gaz du gisement d’Uzokva alors que les forces d’autodéfense du Donbass avaient établi leur base tout près à Slavyansk. Burisma appartient, au travers de plusieurs détenteurs écrans, à l’oligarque Igor Kolomoisky, l’homme à la fois sioniste et néonazi (oui ça coexiste), soutien du comédien actuellement Président de l’Ukraine. Les réserves en gaz de l’est de l’Ukraine défendu par les autonomistes sont estimées à 5 878 milliards m3 (les réserves étasuniennes le sont à 8 976 milliards), de quoi déstabiliser Gazprom et la Russie voire les faire disparaître. Ces données éclairent d’un jour nouveau les menées étasuniennes en Ukraine et justifient le coup d’État de 2014.
Ambitions contrariées
Il s’agit de construire une nouvelle architecture des réseaux gaziers dans le monde.
Vendre du gaz liquéfié à l’Europe venant des Usa et d’Ukraine. La trame de ce dessein est bien esquissée mais le projet semble rencontrer quelques difficultés. Biden père et fils peuvent être sacrifiés, mais il faut détruire la Russie et édifier un monopole gazier d’où le Moyen Orient peut aussi être exclu. David Goldwyn, un lobbyiste des firmes pétrolières étasuniennes, avait longtemps milité pour punir la Libye en raison de son rôle présumé dans l’attentat de Lockerbie. Il est devenu conseiller de Hillary Clinton pour l’énergie avec pour mission la promotion de l’exploitation du gaz de schiste dans le cadre ‘Global Shale Gaz Initiative’ qui a recensé 32 pays avec des bassins de gaz exploitables, belle aubaine pour les Chevron, Exxon Mobil et Marathon. L’Ukraine mais la Pologne aussi en font partie.Killary la belliciste était assise sur ce beau projet de fracturation pour reconfigurer le monde et modifier radicalement les dépendances énergétiques.
Cependant l’édifice schisteux se révèle branlant. Après avoir connu des problèmes de rentabilité dans le contexte d’un prix du baril bas, l’exploitation est confrontée à celui plus fondamental, de l’épuisement rapide des points de forage qui donnent beaucoup moins que prévu. Ainsi n’est pas constructeur d’empire qui veut, la rage de Killary et de la nébuleuse qui l’a entourée pour assurer son couronnement s’explique mieux.
Les carnets de Badia Benjelloune, dedefensa, 8 oct 2019
Réquisitoire du procureur René Naba, mandaté par Georges Ibrahim Abdallah devant le tribunal de l’opinion. Substitut : Gilbert Hanna, Directeur de la Radio Clé des Ondes-Bordeaux Co publié par le journal libanais Al Akhbar : https://www.al-akhbar.com/ La version arabe du texte, œuvre de San’a Yazigi Khalaf, enseignante, se trouve dans le prolongement du texte français
Monsieur Le Président, Messieurs Les Assesseurs,
La confiance que m’accorde mon mandant Georges Abdallah m’honore et m’oblige.
Elle implique pour moi une lourde responsabilité devant l’histoire et la justice des hommes de démontrer que l’affaire Georges Ibrahim Abdallah, qui était au départ, pour la résumer caricaturalement, l’affaire de l’assassinat de deux diplomates en France, va générer par les interférences du politique sur le judiciaire, sur une série de dysfonctionnements débouchant sur une parodie de justice, un parfait exemple de la négation de la notion même de justice. Pour finir par accréditer l’idée d’un état, Israël, bénéficiant d’une immunité de juridiction et ses séides français d’une impunité.
L’AFFAIRE GEORGES IBRAHIM ABDALLAH : UN PARFAIT EXEMPLE DE LA NÉGATION DE LA NOTION MÊME DE JUSTICE
L’Affaire Georges Ibrahim Abdallah est un parfait exemple de la négation de la justice et de la notion même de Justice. Avec un procès biaisé, une culpabilité non établie, un parjure, un engagement non tenu, dans un contexte de légitime défense, elle mérite à ce titre de figurer dans les annales de l’Ecole de la Magistrature comme le parfait contre-exemple d’une bonne administration de la Justice.
UN PROCÈS BIAISÉ
Un avocat sous-marin de la DGSE. Le ver était dans le fruit. Ce fait résume à lui seul toute l’ignominie du procès fait à Georges Ibrahim Abdallah, en ce que son propre défenseur, Jean Paul Mazurier, était en mission commandé pour le compte des services de renseignements français. Du jamais vu dans les annales judiciaires. Mais ce fait exorbitant n’a pas pour autant entraîné l’annulation du procès.
Le 28 février 1987, Georges Abdallah était condamné à la réclusion à perpétuité après 70 minutes de délibération d’une cour spéciale composée de 7 magistrats.
Quelques jours après, Me Jean Paul Mazurier, un de ses avocats, publiait un livre où il déclarait avoir travaillé pour les services secrets français. Le procès n’a pas pour autant été annulé. La France, «Patrie des Droits de l’Homme» n’a cure de ses contingences.
UNE CULPABILITÉ NON ÉTABLIE
Georges a été détenu et condamné sur la base de fausses preuves. Un revolver enveloppé dans un journal arabe daté de 2 ans postérieures à son incarcération. L’auteur de l’assassinat est en fait une militante communiste libanaise Jacqueline Esber, alias camarade Rima, décédée des suites d’une longue maladie en 2016, à Beyrouth où elle vivait dans la clandestinité. L’identité du meurtrier de Yaacov Barsimentov, l’attaché militaire israélien à l’ambassade israélienne de Paris, en 1982, à l’origine de l’inculpation de Georges Ibrahim Abdallah, a été révélée 34 ans après l’assassinat du faux diplomate israélien, en pleine campagne électorale française.
Mais si cette révélation a placé en porte à faux le pouvoir politique français, elle n’a pas pour autant conduit à une révision du procès en ce qu’elle remettait en question le bien-fondé de l’incarcération du militant communiste libanais.
UN PARJURE
Au-delà de la culpabilité ou non de Georges Ibrahim Abdallah, la France avait donné son engagement à la remise en liberté de Georges Ibrahim Abdallah en contrepartie de la libération de Sydney Peyrolles, un diplomate français en poste à Tripoli (Nord Liban), retenu en otage par les Fractions Armées Révolutionnaires Libanaises (FARL) qui avaient revendiqué l’attentat contre le diplomate israélien.
Sydney Peyrolles, fils de l’écrivain Gilles Perrault, a été libéré, mais Georges a été maintenu en prison du fait d’une curieuse coïncidence : la découverte de l’arme du crime, le fameux pistolet enroulé dans un journal arabe portant une date postérieure de deux ans à son incarcération. La France avait donné son engagement à l’Algérie via Yves Bonnet, à l’époque Directeur de la DST.
LE CONTEXTE DE L’ÉPOQUE : UN CAS DE LÉGITIME DÉFENSE.
L’assassinat des deux diplomates -en fait deux agents des services de renseignements, Charles E Ray (CIA Etats Unis) et Yaacov Barsimentov (Mossad Israël) agissant sous couvert de la protection diplomatique d’attachés militaires de leurs pays respectifs-, est intervenu en janvier 1981 à la veille d’un semestre lourd de conséquences pour l’avenir du Liban et des Palestiniens culminant avec l’invasion israélienne du Liban :
L’occupation de Beyrouth, en juillet 1982, la perte du sanctuaire libanais de l’OLP (Organisation de Libération de la Palestine) ; l’exil de son chef Yasser Arafat vers la Tunisie;
L’élection du chef milicien Bachir Gemayel, allié des Israéliens à la présidence de la République libanaise ; son assassinat à la veille de son entrée en fonction ; enfin le massacre des camps palestiniens de Sabra Chatila par les milices chrétiennes sous la protection israélienne, pour venger la mort du chef phalangiste.
En proie à la guerre civile depuis 1975, Le Liban n’était pas à l’époque –il ne le sera pas davantage par la suite-, un long fleuve tranquille. Pour des militants pro-palestiniens, l’élimination de deux attachés militaires en France ne relevait pas d’un crime crapuleux, mais d’un acte de justice révolutionnaire visant deux cibles militaires de deux pays -Israël et les Etats Unis- qui vont jouer un rôle déterminant dans le malheur du Liban et des Palestiniens. Un acte de résistance à l’occupation. Un cas de légitime défense.
N’en déplaise à Emmanuel Macron qui tend à criminaliser l’antisionisme comme une forme déguisée de l’antisémitisme, Israël était- et est – toujours perçu comme un état agresseur par les pays bordant le bassin historique de la Palestine (Palestine, Liban, Syrie, Jordanie), pratiquant en toute impunité l’intimidation par le terrorisme, à en juger par les coups de boutoir répétitifs de l’Etat Hébreu contre son environnement. Et pour la majorité des peuples arabes et du tiers monde, un usurpateur de la Palestine. Et « le droit à la sécurité d’Israël», la rengaine traditionnelle des Occidentaux, ne doit pas signifier l‘insécurité permanente des états arabes.
Dans ce contexte, la résistance à l‘occupation ne relevait pas d’une création ex nihilo. Mais d’une une réalité vécue quotidiennement notamment à Beyrouth, cible régulière de l’aviation israélienne, dans une opération de déstabilisation de l’échiquier politique libanais. En vue de susciter des dissensions inter confessionnelles de dresser les chrétiens contre les Musulmans. Ce qui sera fait en 1975.
POURQUOI UN LIBANAIS CHRÉTIEN PRO PALESTINIEN ?
Le combat pour la restauration des droits nationaux du peuple palestinien ne concerne pas exclusivement les Arabes ou les Musulmans, mais tous les hommes épris de paix et de justice, au-delà des critères ethnico-religieux.
Beyrouth, dans la décennie 1970, faisait office de vivier du nationalisme militant, le dernier carré de la contestation arabe. La capitale libanaise qui fera l’objet de deux invasions israéliennes, en 1982 et 2006, a ainsi exercé une fonction tribunicienne compensant par le verbe la défaite du Nationalisme arabe, consécutive à la défaite de juin 1967.
Elle sera la plateforme révolutionnaire de tous les mouvements de Libération de la zone de l’ASALA armée secrète arménienne pour la Libération de l’Arménie, aux kurdes du PKK, au Front de Libération de la Péninsule arabique et du Dhofar, à l‘Armée Rouge Japonaise et la Rote Armee Fraktion, et la kyrielle des mouvements de la guérilla palestinienne. Au même titre qu’Alger pour le continent africain. Toutes les chapelles du nationalisme, du marxisme et du fondamentalisme religieux y avaient pignon sur rue et disposaient de journaux forts documentés sur la situation dans leur pays d’origine, aux côtés de nombreuses maison d’édition, qui toutes tendances confondues, ont édité, à elles seules, une littérature politique supérieure à l’ensemble de la production littéraire des pays arabes, et se jouant de la censure, courante dans ces états, en a assuré sa diffusion.
C’est ici que la Résistance palestinienne a trouvé aide et refuge après le «septembre noir» jordanien et que se sont aguerris les premiers chefs des pasdarans iraniens.
C’est ici également que tous les opposants arabes, révolutionnaires ou non, pourchassés par les autorités de leur pays y ont cohabité pêle-mêle aux côtés des maquisards de la Méditerranée au Golfe –Arméniens, Kurdes, Somaliens, Érythréens– et des guérilleros d’Afrique, d’Asie et d’Amérique Latine.
C’est là enfin que sunnites libanais en rupture de bourgeoisie, chrétiens en délicatesse avec l’idéologie phalangiste et «dépossédés» chiites venus du sud-Liban en quête d’instruction, donneront le ton à toutes les manifestations de protestation dans le Monde arabe, comme ce fut le cas en septembre 1970 contre le massacre des Palestiniens en Jordanie, en 1972 contre le massacre des communistes au Soudan ou encore contre la «trahison» du président égyptien Sadate en 1977.
Pourquoi un chrétien, alors que la totalité des milices chrétiennes, alliées inconditionnels d’Israël, faisaient office de supplétifs des pays occidentaux?
Très simplement pour la simple raison que l‘appartenance religieuse si elle peut prédéterminer un engagement politique d’un individu, elle n’assigne pas son titulaire d’une sujétion éternelle envers la religion de sa naissance. Un chrétien peut combattre vigoureusement une dictature de type du chrétien Augusto Pinochet et voué une admiration sans borne au musulman Gamal Abdel Nasser, l’artisan de la première nationalisation réussie du tiers monde, le Canal de Suez.
Le dépassement des clivages ethnico religieux dans les sociétés fragmentées du Moyen orient a été l’honneur du Mouvement Nationaliste Arabe et la clé du succès de son combat de Libération National au Yémen, contre le protectorat britannique, en Syrie contre le Mandat français au Levant, en Egypte contre les Anglais.
LES CHRÉTIENS ARABES DANS LA RÉSISTANCE PALESTINIENNE : GEORGES HABBACHE, MGR HILARION CAPUCCI, KAMAL NASSER, ATALLAH HANNA.
Les chrétiens arabes ont joué un rôle d’avant-garde dans la renaissance intellectuelle arabe et seront à l’origine de la constitution des grandes formations politique arabes contemporaines : Antoun Saadé, (parti populaire syrien), Michel Aflak (Parti Baas), Georges Habbache, (Mouvement Nationaliste Arabe), Fouad Chémaly, fondateur du Parti Communiste Libanais, FARJALLAH HELOU, son successeur, mort sous la torture en Syrie, en 1959 et son cadavre dilué dans l’acide et immergé dans le fleuve longeant Damas pour éliminer toute trace de sa présence.
Et les chrétiens assumeront des responsabilités dans le combat de libération arabe, notamment le combat palestinien : Georges Habbache, fondateur du Front Populaire pour la Libération de la Palestine, de tendance marxiste, sera un des grands dirigeants les plus respectés de l’OLP, alors que Kamal Nasser, poète chrétien palestinien, a été le porte-parole de la centrale palestinienne et que Mgr Hilarion Capucci, Archevêque grec catholique de Jérusalem, a été incarcéré par les autorités israéliennes pour son soutien actif à la résistance palestinienne, tout comme d’ailleurs Mgr ATALLAH HANNA, Archevêque grec-orthodoxe de Sébaste en Palestine.
Sans oublier SERHANE BECHARA SERHANE, chrétien palestinien natif de Taybé en Cisjordanie, meurtrier du sénateur Robert Kennedy, le 5 juin 1968, à la date commémorative de la défaite arabe de juin 1967, pour le soutien inconditionnel manifesté à Israël par le frère du président américain assassiné. Doyen des prisonniers politique à travers le Monde, Serhane Béchara Serhane (75 ans), détenu depuis 52 ans, purge sa peine à la prison de Pleasant Valley en Californie.
Plus surprenant que cela puisse paraître aux lecteurs non avertis, le mouvement palestinien incluait des personnalités juives anti sionistes à l’instar d’Ilan Halévi, qui sera le représentant de l’OLP au sein de l’Internationale socialiste. Et de grandes convergences de lutte s’étaient développées au Moyen orient entre les Black Panthers israéliens et les Palestiniens dans la décennie 1970. La libération de la Palestine n’est pas exclusivement l’affaire des Musulmans comme tend à le suggérer la stratégie atlantiste de bipolarisation tendant à présenter le conflit comme le combat de «l’unique démocratie du Moyen Orient, la sentinelle avancée du monde libre, face à la barbarie arabo musulmane».
LA STRATÉGIE DE DÉSTABILISATION RÉGIONALE MENÉE PAR ISRAËL.
La chronologie témoigne de la stratégie de déstabilisation menée par Israël
Décembre 1968 : raid de l’aviation israélienne contre l’aéroport de Beyrouth entrainant la destruction de la totalité de la flotte civile libanaise.
En juillet 1972 – Ghassane Kanafani, porte-parole du Front Populaire de Libération de la Palestine, et sa nièce de 17 ans, sont tués à Beyrouth dans une voiture piégée qui aurait été placée par des agents israéliens. Kanafani était considéré comme une des grandes figures littéraires du monde arabe.
Moins d’un an plus tard, en Avril 1973 : Un raid israélien contre le centre de Beyrouth tue trois dirigeants palestiniens, Kamal Nasser, porte-parole de l’OLP, Abou Youssef Najjar, ministre de l’intérieur de la centrale palestinienne, Kamal Adwane, chargé du mouvement de la jeunesse palestinienne au sein du Fatah.
La guerre civile libanaise éclatera 2 ans plus tard, en avril 1975. Le hasard du calendrier n’est pas constamment fortuit. Il arrive qu’il soit prémédité.
Sur le plan régional
L’attentat à l’origine de l’inculpation de Georges Ibrahim Abdallah a eu lieu en janvier 1982, dans un contexte régional particulièrement exacerbé marqué notamment par :
La destruction de la centrale nucléaire irakienne de Tammouz par l’aviation israélienne le 7 juin 1981
L’Annexion du Plateau syrien du Golan le 14 décembre 1981
La proclamation de Jérusalem capitale éternelle d’Israël Décembre 1981
Janvier 1982, faut-il le rappeler, est à six mois de l’invasion israélienne du Liban visant à porter au pouvoir Bachir Gemayel, le chef des milices chrétiennes alliées d’Israël.
Sur le plan européen, les attentats anti palestiniens se multiplient en toute impunité pour les Israéliens.
1983 – Le 21 août, un haut dirigeant de l’OLP et principal collaborateur de Yasser Arafat, Mamoun Meraish, est abattu par des agents israéliens à Athènes. Selon des articles de presse israéliens ultérieurs, la future ministre des Affaires étrangères, Tzipi Livni, aurait été impliquée dans l’assassinat. Mme Livni ne sera jamais inquiétée par Interpol.
1986 – Le 9 juin, Khalid Nazzal, secrétaire du Front démocratique pour la libération de la Palestine, est abattu par des agents israéliens à Athènes, en Grèce.
L’ÉQUATION PERSONNELLE DE GEORGES ABDALLAH
L’équation chrétienne de Georges Abdallah va jouer toutefois un rôle sous-jacent déterminant dans le traitement inique qui lui sera réservé par la France. L’assassinat des deux diplomates en France et la procédure judiciaire engagée contre Georges Ibrahim Abdallah vont se dérouler sur fond d’un conflit de puissance contre la France, cobelligérant de l’Irak dans sa guerre contre l’Iran et les contestataires à l’ordre hégémonique israélo-américain dans la zone : la Syrie, l’Iran, le camp progressiste au Liban agrégé autour du parti communiste et des mouvements de la guérilla palestinienne.
Dans ce contexte, Georges Ibrahim Abdallah va apparaitre comme un DOMMAGE COLLATERAL d’un conflit de puissance. UN BOUC EMISSAIRE IDEAL. Georges Ibrahim Abdallah, un libanais chrétien de naissance, mais militant communiste pro palestinien, cassait la grille de lecture traditionnelle des représentations. IL CASSAIT LE CODE. Il sera un bouc émissaire.
Un bouc émissaire n’est pas nécessairement un coupable, mais un coupable idéal en ce que sa culpabilité ne remet pas en cause l’ordre social. Ou plutôt elle peut être actée sans dommage pour le corps social.
UNE INCARCÉRATION SYMPTOMATIQUE DE LA PATHOLOGIE FRANÇAISE.
Au-delà des faits, l’incarcération de Georges Ibrahim Abdallah sous-tend un mal profond, symptomatique de la pathologie dans laquelle baigne la France depuis la fin de la seconde guerre mondiale en raison d’un quadruple fait :
A- La tétanie du débat public en France du fait juif consécutif à la collaboration nazie du régime de Vichy qui condamne la «Patrie des lumières» à une solidarité expiratoire inconditionnelle à l’égard d’Israël, conférant à ses dirigeants une impunité, et à leurs thuriféraires français, une immunité corrélative.
B – L’OPA exercée par la France sur la chrétienté arabe, découlant de son statut de «fille aînée de l’Eglise», l’autorisant à préempter le rôle de «protectrice des chrétiens d’Orient», assujettissant ses pupilles non à un rôle protecteur, mais à un «protectorat de fait», leur assignant une fonction d’obéissance, qui condamne aux mines de sel tout récalcitrant à ses aberrations politiques.
C- Le décalage qui existe entre l’image que la France s’emploie à projeter d’elle-même sur le plan international et la réalité de sa politique interne. Le mythe sur lequel elle prospère et la mythomanie dans laquelle elle se vautre, avec sa codification juridique longtemps fondée selon le principe du gobino darwinisme (Code Noir de l’Esclavage, Code de l’Indigénat), au mépris du principe de la Liberté. L’impunité de sa technostructure au mépris du principe d’égalité, au mépris du principe de la fraternité.
D – La confusion que se fait la France de son rôle qui l’autorise à s’arroger abusivement le statut de «Patrie des Droits de l’homme», alors qu’elle n’est en fait que la «Patrie de la Déclaration des Droits de l’Homme», en raison de ses abus répétitifs en ce domaine : Du Code Noir de l’Esclavage, au Code l’Indigénat, à la Colonisation, à la cristallisation des pensions des anciens combattants de l’outre-mer, à la torture durant la guerre d’Algérie, aux repentances successives à propos de la déportation des juifs français vers les camps de la mort, au confinement des Harkis dans les recoins concentrationnaires de la République, eux, qui ont pris le parti de la France contre leur patrie d’origine.
DE LA THÉORIE ISRAÉLIENNE DU «CRIME DE SANG» ET DE SA DISTORSION
Le cas israélien. Etude comparative des cas de Samir Kintar et de Georges Abdallah
Israël considère qu’un crime de sang de nature «terroriste» est imprescriptible de même que la peine y afférente. Par crime de sang s’entend tout acte commis par un étranger (goy) ayant abouti au meurtre et à l’assassinat d’un israélien, qui se définit d’ailleurs par acte de terrorisme. Les règlements de compte au sein de la mafia juive américaine ou au sein de la mafia israélienne ne figurent pas dans cette catégorie de même que les crimes passionnels. De même que les crimes commis par des goyims ou contre des goyims. Israël s’est ainsi exonéré des massacres de Sabra Chatila, en septembre 1982, à Beyrouth, faisant valoir, selon le premier ministre de l’époque, Menahem Begin que « Des goyims ont tué d’autres goyims en quoi Israël est responsable ? ».
Samir Kintar, le militant libanais pro palestinien, a commis un attentat en Israël même provoquant une dizaine de victimes dont plusieurs morts. Son crime était théoriquement imprescriptible et sa peine aussi. Pourtant Samir Kintar, doyen des prisonniers politiques arabes en Israël, a été libéré après 24 ans de captivité au terme d’un échange, matérialisé par la restitution de dépouilles de soldats israéliens contre sa libération et celle de plusieurs dizaines de prisonniers libanais, palestiniens et arabes.
Le cas de la France : étude comparative des cas d’Anis Naccache et de Georges Ibrahim Abdallah
Anis Naccache, libanais sunnite converti au chiisme, chef du commando qui a tenté d’assassiner Chappour Bakhtiar, le dernier premier ministre du chah d’Iran, le 18 juillet 1980, à Neuilly sur Seine, a été condamné à la réclusion criminelle à perpétuité le 10 Mai 1982.
L’opération s’était soldée par le bilan suivant : 3 tués et deux blessés. Parmi les tués, deux policiers, Bernard Vigna (22 ans) et Jean-Michel Jamme (23 ans) ainsi qu’une voisine de Bakhtiar, Yvonne Stein (45 ans). Parmi les blessés, un policier Georges Marty (23 ans) et la sœur de Mme Stein. En dépit de ce lourd bilan, Anis Naccache sera gracié le 27 Juillet 1990 par le président François Mitterrand dans le cadre de la négociation globale menée entre la France et l’Iran à l’arrière-plan de l’affaire des otages français détenus au Liban. Anis Naccache aura ainsi purgé dix ans de prison pour une affaire qui aura coûté la vie à trois français dont deux agents de l’état français. A croire que la France parait plus vulnérable aux pressions des puissances étrangères qu’à la protection de ses propres nationaux.
LA SPIRALE DES OTAGES : UN MESSAGE CODÉ SANS AMBIGUÏTÉ
Lorsque en ce premier jour du printemps de 1985, Marcel Carton et Marcel Fontaine sont enlevés à Beyrouth, nul ne pouvait prévoir que cette prise d’otages allait provoquer le plus formidable imbroglio diplomatico-médiatique de l’histoire récente de la France, tétaniser sa politique au Moyen orient, et, en devenant un enjeu politique, mettre à nu les rivalités interrégionales et inter-françaises.
Au départ, l’enlèvement des deux diplomates français, le 22 mars 1985, dans le secteur musulman de la capitale libanaise, pouvait donner à croire qu’il s’agissait d’un évènement fortuit, d’une opération crapuleuse, semblable à tant d’autres dont Beyrouth, livrée à l’anarchie et à la lutte de factions, était quotidiennement le théâtre. Rétrospectivement, le choix de deux ressortissants français représentant leur gouvernement se révèlera être une action délibérée, qui, au fil des jours, va s’institutionnaliser pour être érigée en politique systématique visant à faire fléchir la position de Paris sur la guerre du Liban et le conflit irako-iranien.
De 1984 à 1989, soit en cinq ans, au plus fort de la guerre irako iranienne, Trente et un (31) occidentaux y compris des officiers, des religieux, des journalistes, ont été pris en otage au Liban dont 10 périront en captivité.
Au terme de cette sarabande mortifère, Anis Naccache sera libéré, la France consentira à apurer le contentieux Eurodif, le remboursement d’un milliard de dollars à l’Iran, contrepartie de la participation iranienne au consortium nucléaire franco iranien, alors que les Etats Unis sombraient dans le scandale de l’Irangate, la fourniture clandestine d’armes à l’Iran dans sa guerre contre l’Irak.
LA NÉGLIGENCE CRIMINELLE DES DIRIGEANTS LIBANAIS
Pourquoi une telle disparité de comportement à l’égard de ces deux libanais Anis Naccache / Georges Abdallah, deux militants de la cause palestinienne ? Très simplement parce que l’un, Anis Naccache, était fermement soutenu par un état qui se vit en puissance régionale et entend se faire respecter sur la scène internationale, l’Iran, alors que l’autre, Georges Abdallah, est ressortissant d’un pays, le Liban, dont les dirigeants successifs sombraient dans l’affairisme avec leurs homologues français sans se soucier aucunement de leur concitoyen libanais injustement incarcéré en France.
A l’exception du président Emile Lahoud (1998-2007), mis à l’index par les Occidentaux pour son soutien au Hezbollah, pas un président libanais n’a soulevé le cas de Georges auprès de ses interlocuteurs français.
Ni le phalangiste Amine Gemayel, qui a conclu un traité de paix mort-né avec Israël, en 1983, ni Elias Hraoui, un factotum de son premier ministre le milliardaire libano saoudien Rafic Hariri, ni non plus le général Michel Sleimane, plus soucieux de se trouver un point de chute auprès de ses amis français plutôt que de défendre la cause de son compatriote. De surcroît, en vingt-trois ans de connivence franco libanaise au plus haut niveau, sous le Tandem Rafic Hariri / Jacques Chirac, puis sous le partenariat Sarko-Qatari, sur fond d’affairisme, pas un premier ministre libanais n’a soulevé la question de la détention arbitraire de leur compatriote.
En contrechamp, Hassan Nasrallah, le chef du Hezbollah libanais, réussissait l’exploit de libérer des prisons israéliennes plusieurs dizaines de combattants pro-palestiniens libanais et arabes, -notamment le doyen des prisonniers politiques arabes en Israël, le druze libanais Samir Kintar, sans le moindre chiite dans le lot.
LE PARCOURS ATYPIQUE D’UN HOMME DE CONVICTION
Il aurait été judicieux, -et il serait judicieux pour se dégager de cette souillure morale-, d’appliquer à Georges Ibrahim Abdallah, la jurisprudence israélienne au sujet de Samir Kintar, dans une sorte de démonstration par l’absurde.
Laurent Fabius, le petit télégraphiste des Israéliens dans le dossier sur le nucléaire iranien, et Manuel Valls, le «petit caniche» d’Hillary Clinton, secrétaire d’état américain, se sont refusés à cette option cédant aux oukases de leur patronne américaine.
C.f. à ce propos le message reproduit en bas de page du département d’état intimant aux deux ministres français de contourner la décision judiciaire française pour maintenir en détention Georges Ibrahim Abdallah.
Devant une telle disparité de traitement, la question se pose de savoir «pourquoi ce qui est bon pour Israël n’est pas bon pour la France», un pays pourtant souverain ? Ou, alors, faudrait-il tuer deux soldats israéliens pour obtenir la libération de Georges Ibrahim Abdallah, en échange de leurs dépouilles ?
Militant pro palestinien d’origine libanaise, emprisonné en France depuis 36 ans, Georges Ibrahim Abdallah a été l’objet d’un invraisemblable déni de droit de la part de la France, dans l’indifférence générale de l’opinion arabe et internationale, particulièrement libanaise. Incarcéré depuis 1984, il a battu le record détenu jusque-là par Nelson Mandela (24 ans), le chef du combat nationaliste sud-africain.
L’homme, il est vrai, est atypique en ce que son parcours transcende les traditionnels clivages ethnico religieux qui constituent les habituelles grilles de lecture du conflit israélo-palestinien. Militant communiste issue d’une famille chrétienne du Nord-Liban, ancien élève des congrégations religieuses chrétiennes françaises au Liban, Georges Ibrahim Abdallah a été condamné à la peine maximale prévue par la loi, pour l’exécution d’un responsable du Mossad israélien et celle d’un attaché militaire américain à Paris en 1982.
Au-delà du bien-fondé de sa condamnation sur la base de preuves sujettes à caution, l’homme a purgé sa peine. Libérable, selon le droit français, depuis 1999, soit depuis 20 ans, il a été maintenu en détention sur ordre direct des États-Unis, aiguillonnées en sous-main par Israël. Georges Abdallah est en fait un homme libre en captivité. Tel est le paradoxe de cet homme de conviction et de rare courage, victime des contradictions françaises.
Pleinement Libre, mais retenu en otage des considérations politiques françaises où le ministère de l’intérieur fait capoter une remise en liberté, non au nom de la raison d’état, mais pour des considérations électoralistes; où la duplicité tient lieu de posture morale en ce que le principe de la séparation des pouvoirs, hautement proclamé de manière répétitive à chaque scandale politico financier, est régulièrement mais subrepticement bafoué par des arguties de basses manœuvres politiques. Georges Abdallah est ainsi arbitrairement maintenu en prison au terme de sa détention, au point que le quotidien libanais «Al Akhbar», le journal de la gauche patriotique libanaise, a émis l’hypothèse d’une prise d’otage d’un français en vue d’obtenir son échange avec Georges Ibrahim Abdallah. http://www.courrierinternational.com/article/2014/11/07/faut-il-kidnapper-un-francais-pour-faire-liberer-georges-ibrahim-abdallah
La Cour d’appel avait ordonné la libération de Georges Ibrahim Abdallah en subordonnant sa remise en liberté à un arrêté d’expulsion du territoire du ministre de l’intérieur. Beaucoup y ont vu dans cette décision de justice une double peine déguisée infligée au prisonnier. Un principe prohibé par le droit français. D’autres, tout aussi nombreux, ont considéré que le fait de subordonner, à tout le moins de conditionner la mise en application d’une décision de justice, à une décision administrative du ministère de l’intérieur, a constitué un cas flagrant d’atteinte aux principes généraux du droit, un principe constitutionnel, le principe de la séparation des pouvoirs.
La Cour de cassation a, elle, rendu un arrêt sans renvoi à propos de Georges Ibrahim Abdallah. Une décision qui coupe la voie à tout recours ultérieur possible devant une juridiction française. Un arrêt à la Kafka en somme en ce que le doyen des détenus politiques de France a déjà purgé sa peine et sa libération ordonnée. La Cour de cassation le renvoie à sa case départ : La prison sans fin, sans issue.
Pour l’histoire et pour information des lecteurs, en sa qualité de ministre de l’intérieur, Manuel Valls avait volontairement retardé la signature du décret d’expulsion de Georges Ibrahim Abdallah, exigé par la justice française pour sa sortie de prison, prolongeant ainsi arbitrairement de deux mois la détention du militant pro palestinien qui avait purgé sa peine depuis dix ans. Dans l’attente d’une décision de la Cour de cassation. Pire. Son philo-sionisme le portera à surenchérir sur le standard israélien en matière de crimes de sang. Dans un excès de zèle propre aux néophytes, il établira un standard qui outrepasse le standard israélien en la matière.
Mais la France n’a pas respecté ses lois, l’expression de la volonté générale représentée par l’Assemblée nationale, artisan du Code Pénal. Une peine a été accomplie dans sa totalité. Elle impliquait la libération du détenu. Une libération qui n’est pas une faveur, mais par application du principe de la légalité des délits et des peines. La peine, accomplie de manière exemplaire, c’est-à-dire en conformité avec les règles de bonne conduite, ouvrait droit à une libération anticipée. Cela n’a pas été le cas. Mais cela n’aurait jamais dû se compenser pour autant par une détention sinon illégale, à tout le moins arbitraire.
Son comportement exemplaire a constitué une éclatante victoire morale de grande portée stratégique et psychologique en ce qu’il a conduit un état se réclamant abusivement comme la «Patrie des Droits de l’Homme» a commettre un déni de droit. A contraindre son bourreau, dans ce bras de fer, à se désavouer et à se rendre coupable d’abus de droit.
Né le 2 avril 1951 à Al Qoubaiyat (Nord-Liban), ce militant communiste pro palestinien a été blessé lors de la première invasion israélienne du Sud Liban en 1978. Il passe pour avoir été le chef des FARL (Fractions armées révolutionnaires libanaises) dont il aurait dirigé depuis Lyon les opérations en France sous les pseudonymes Saleh Al-Masri et Abdel Kader Al Saadi.
En 1982, les FARL revendiquent l’assassinat de Charles E. Ray, attaché militaire américain à Paris, le 18 janvier 1982, ainsi que Yaacov Barsimentov, diplomate israélien (le 3 avril 1982, et blessent gravement Robert Onan, consul américain à Strasbourg). Arrêté à Lyon le 24 octobre 1984, il a été condamné à perpétuité par la Cour d’assises spéciale, sous les pressions conjuguées des États-Unis et d’Israël pour complicité d’assassinat, le 28 février 1987.
«Qu’un combattant arabe soit jugé par une Cour Spéciale en Occident, rien de plus normal. Qu’il soit traité de criminel et de malfaiteur, rien de vraiment nouveau, déjà les « bandits de l’Aurès » (1), les « terroristes » de Palestine, ainsi que les « fanatiques lépreux » d’Ansar et Khiam (2) ont été l’objet de ces honorables qualificatifs. Ils rappellent à tous ceux qui ont la mémoire courte le patrimoine de votre justice occidentale ainsi que votre civilisation judéo-chrétienne», lancera Georges à ses juges lors de son procès devant la Cour d’Assises Spécial le 28 Février 1987.
Allusion aux combattants du FLN pendant la guerre d’Algérie, qualifiés ainsi dans la presse française de l’époque.
Ansar est un camp de concentration israélien, Khiam un camp de concentration et de torture de la milice fasciste libanaise «Armée du Liban Sud» qui était organisée, armée et financée par Israël » .
Georges Ibrahim Abdallah, un des doyens des prisonniers politiques à travers le Monde, est l’honneur des Arabes, la conscience des révolutionnaires, le remord vivant des mystificateurs et des imposteurs. Né libre et demeuré tel. Fidèle à son engagement. Fidèle à lui-même. Fidèle à sa liberté, sa compagne de captivité, durant sa période d’incarcération.
En 34 ans de captivité, l’homme n’a jamais renié ses convictions, jamais déserté le combat politique, jamais été intimidé par le comportement dilatoire de son geôlier, le ministre socialo néo-conservateur de l’Intérieur, Manuel Valls, relai fidèle des pressions américaines et israéliennes. Dans l’adversité, il a vaincu ses adversaires fielleux qui, au déni de droit, lui ont superposé un abus de pouvoir. L’arbitraire dans la «Patrie des Droits de l’Homme». Quelle infamie. Quelle forfaiture. La marque d’un nanisme politique.
Qu’on se le dise et que cela se sache : Georges appartient à la race des hommes libres. Pas plus « Uncle Ben’s » que «Bounty». Ni un « native informant» (1) ou un «rented negros» (2) qui peuplent malheureusement nos lucarnes et polluent nos esprits.
Qu’on se le dise et que cela se sache : Entre Georges Ibrahim Abdallah, Samir Kantar, ancien doyen des prisonniers politiques arabes en Israël et la version moderne de l’opposition arabe, désormais invariablement off-shore, invariablement dans les rets de l’ancien pouvoir colonial, il existe une différence d’échelle : Une différence de stature. «Y’a pas photo».
La même différence de stature entre Shirine Ebadi, Prix Nobel de la Paix, militante des Droits de l’Homme en Iran même, sur le territoire de son propre pays, et les mondaines de l’opposition cathodique de Syrie et d’ailleurs. « Y‘ a pas photo » non plus. C’est parure de diamants contre peanuts.
Georges Ibrahim Abdallah est le parfait contre-exemple des opposants modernes arabes qui se déploient off-shore téléguidés depuis les chancelleries des anciennes puissances coloniales, en costume cravate et des golden-cartes de crédit alimentées par les pétrodollars monarchiques. Son incarcération prolongée a signé une forme de forfaiture, le propulsant par contrecoup, au rang du symbole du militantisme intégral. Inclinons nous devant Georges Ibrahim Abdallah, Samir Kintar, Marwane Barghouti (Fatah) et Ahmad Saadate (FPLP) des compagnons de lutte dans la captivité et la dignité. Des hommes de conviction qui ont transcendé leur clivage ethnico-confessionnel, qui gangrène le Monde arabe, pour maintenir vivante la flamme de la Résistance et l’empêcher de sombrer dans la reptilité.
Que les hommes épris de paix et de justice dans le Monde nous rejoignent dans ce combat pour le respect de la parole de la France tant il importe que la France respecte sa parole pour que le monde puisse continuer à respecter la parole de la France.
Mal jugé, mal condamné, le cas de Georges Ibrahim Abdallah constitue une ignominie dans l’ignominie. L’ostracisme dont il est l’objet l’a projeté, par contrecoup, au rang de héros mythique du combat palestinien, au même titre que Marwane Barghouti, le chef du Fatah, et Ahmad Saadate, le chef du Front Populaire de Libération de la Palestine, indice du nanisme politique des dirigeants tant libanais que français.
Inflexible, inaltérable, inoxydable, incorruptible, Georges Ibrahim Abdallah jusqu’au bout, sûr de son droit, aura défié ses tortionnaires, purgeant néanmoins une peine, inique, sans le moindre trébuchement, sans le moindre fléchissement, sans le moindre vacillement. Homme debout, dans une posture qui le propulse au rang d’exemple. Une référence du combat de libération. Un brave parmi les plus braves.
Au fur et à mesure que le temps s’écoulera, se réduira la marge de manœuvre de la France qui la conduira à des comportements aberrants, erratiques. Hillary Clinton, la fausse démocrate, a été carbonisée sur le bucher de ses vanités, éliminée par le xénophobe populiste Donald Trump, lors de la compétition présidentielle américaine de 2016. Son interlocuteur français Manuel Valls, en transfuge socialiste, a déserté le combat socialiste en France pour un rôle de fugitif à Barcelone, glanant au passage le titre d’ «homme politique le plus détesté de la gauche française» et Laurent Fabius, le sobriquet du plus célèbre ronfleur des forums internationaux. Tous les trois rejetés dans les poubelles de l’Histoire.
Il est à craindre qu’un lointain successeur de Jupiter de France ne procède à son tour à une «repentance» pour le comportement de la France à l’égard de Georges Ibrahim Abdallah; La marque de fabrique de la «Patrie des droits de l’homme» depuis la fin de la seconde guerre mondiale, tant à l’égard des Juifs que des Harkis, que du mathématicien Maurice Audin, mort sous la torture des Français pour son opposition à la guerre d’Algérie.
«Les lignes de fuite sont les plus belles, mais elles comportent le plus grand risque, c’est de se transformer en lignes de mort» (Antonin Artaud).
«Plaise à la Cour de condamner l’Etat français du «crime de forfaiture morale» et de frapper d’ «indignité nationale» ses servants, Manuel Valls, ministre de l’Intérieur, et, Laurent Fabius, ministre des Affaires étrangères, «pour avoir failli aux obligations de leurs charges, aggravé la déchirure du pacte républicain, trahi la confiance du peuple souverain, bafoué les valeurs de la justice dans une démocratie et partant les principes fondateurs de la République».
Vive la Palestine. Longue vie à Georges Ibrahim Abdallah. Que son exemple serve de référence à la génération de la relève. Que dans la mémoire des peuples en lutte son nom vive éternellement.
NOTES
1-«Native informant» : Personnes qui accaparent la parole d’une communauté sans en être représentatif, dont le discours plait à son auditoire dominant.
2-«Rented négros» : Noirs américains qui monopolisent le paysage médiatique pour donner un «visage noir pour une opinion de blancs».
INJONCTION DE HILLARY CLINTON À LAURENT FABIUS ET MANUEL VALLS POUR ENTRAVER LA DÉCISION DE LA JUSTICE FRANÇAISE ORDONNANT LA REMISE EN LIBERTÉ DE GEORGES IBRAHIM ABDALLAH.
UNCLASSIFIED U.S. Department of State Case No. F-2014-20439 Doc No. C05797452 Date: 11/30/2015. (SBU) Georges Ibrahim Abdallah was sentenced to life in prison in 1987 for his involvement in the 1982 murders of U.S. military attaché Charles Ray and Israeli diplomat Yakov Barsimentov in Paris, as well as for the 1984 attempted murder of the U.S. Consul General in Strasbourg, Robert Homme. A former leader of the Marxist-Leninist guerilla group Lebanese Armed Revolutionary Factions, Abdallah is reputedly one of the longest-serving prisoners in Western Europe. He became eligible for release in 1999, but seven successive appeals were consistently denied on the grounds he has shown no remorse for his crime and likely will resume his revolutionary struggle if released and deported to Lebanon. Although the French Government has no legal authority to overturn the Court of Appeal’s January 10 decision, we hope French officials might find another basis to challenge the decision’s legality.
Pénuries. La moutarde d.de souche, visqueuse hamadryade jaune, émergeant en diagonale du noyau dur de Snæfellsjökull ['stnaiːfɛlsˌjœkʏtl] est de fait, une réalité caverneuse et abjecte incise dans l'organe du sujet, vu en parallaxe. Huit ans de con.gestion, 2 ou 3 dizaines de milliers de cadavres sur les bras et un tas de charniers à fouiller dans un temps à venir, probable. Ou, pour ne pas le nommer, Poutine - en tant que sujet Tout-terrain, prenant partie pour l'efficacité du hypersonique Avanguard [ Objekt 4202, Yu-71 et Yu-74 ]. D'un sursaut dialectique stratégique [les contre-mesures avant le paquet de mesures] il prend conscience du donbass [après avoir posé autour de soi, la question à l'ordre du jour : combien de divisions ?] comme sujet du centre, pas de l'extrême-centre comme le prétendent les homoncules de cette voie ruineuse à la parallaxe politique [lutte de classes] oxy.dentale qui laissent brûler vifs patriotes&résistants dans la maison des syndicats d'odessa, le 2 mai 2014. Et récidivent, en encourageant le flux tendu des armes.
Or, en face qui avons-nous comme bouclier plakardé, plexiglacé ? Biden, bidet, bidon. Bref, un bichose escaladant à vélo un réel vide de sens menant au centre de la terre, délaissant la dystopie visionnaire d'un J.Verne inspiré par la cryptologie prometteuse de son époque. Et, empoignant comme seul guide de voyage, un recueil de formules insensés empruntés à un certain Slavoj Zizek, magicien neocrowleyen aux mots fléchés, obliques, polyglottes. Et voilà qu'il s'écroule devant la ligne, encore et en-core. C'est la chute d'un sujet barré- pour ne pas citer McPhail, qui aurait ajouté : il a réduit le réel réel aux formes faiscantes du fascisme et les coups de boulet du canon caesar [155] aux pets d'un dieu colérique, chiatique. C'est dans la droite ligne du golden down, mais c'est peu. C'est du sous-holllywood planqué dans les sous-sols labyrinthiques d'Azovstal, la version sidérurgique de la caverne de Platon tapissée d'ombres neocubistes, hortalines et papaïstes car, point de lumière point de inconscient et vice-versa; sapere aude !
Désormais, l'edf et la caf privatisés, pointent le doigt de la boussole aux abonnés-et-absents, voire + , si, pas de domicile fixe, alors, pas d'électricité, pas d'allocs, pas de soins santé, pas de minou, pas de salut, définitivement. Kafkaniant parlant, je suis enkysté ! m'a avoué, soupiré la semaine dernière mon ami jfa du lointan Illinois, c'est bien la part du gâteau que me revient pour tous ces services rendus à la cause arenal... Or, en quoi a-t-il enfreint la doxa ? puisque, ce retourné neofinlandais sans-déambulateur carboné, que dans l'heure H, n'a pas su ou n'a pas eu la chance d'être comptabilisé parmi les ukraziens bleu-jaune, mais plutôt comme un beta vulgaris, un pauv'conspué-sabrinien ! Voilà le jardin d'éden dissimulé aux excentriques par les young leaders, ces redoutables cyborgs prototypés de Davos. Pénuries, dites-vous ? A l'hôpital on a osé ajouter, protocole ! Les berges de la seine et de l'east river sont plongées dans la noirceur du clochard-thon en miettes, les rives de la sinueuse ljubljanica débordent de bobos-bongendre aux sans-jeans troués par les balles con.sensuelles du ...galopant : en même temps. Seul le mythique river plate pointe droit au but sous l'inextinguibleclameur de la foule en cage, affolée par l'éternelle absence del maestro maradona, le désiré non-retourné, ni de napoli ni d'ailleurs, d'ailleurs.
Hier, mes amis chinois me l'ont encore fait savoir : Poutine n'a rien lu de marx. c'est affolant ! stalin c'est pareil, lenin l'a à peine survolé et je me demande si Marx lui-même a lu marx, car "moi, je ne suis pas marxiste !" aurait-il avoué dans un moment d'en-phase à son genre lafarge (l'aïeul paresseux de cette célèbre famille de cimentiers que, comme vous le savez, ont laissé tout leur fortune en héritage à la famille En-vaut-il-lapeine?)
Ceci dit, à part moi, slavoj, il n'y a que mon ami badoit - grand baveux devant mon magik débit - pour sauver l'honneur des cancellarius. Pénuries, en-core. Pour nous en sortir de cette paix en-chaude, il nous en faudra changer de logiciel, pour enfin, trouver une économie de paix, en guerre.
Et ça, à bien philosopher, en-vautlepen, car le pacte d'amitié sans limites sino-russe du 4 février 2022, n'est pas autre chose que la hystérésis du multipolaire fascisant, glaçant. En fin, réveillons nus !
Sur ces entrefaites, le colin-froid typiquement british, jamie shea, ce speaker comptable si pointilleux du nombre exact de cadavres ramassés sur la ligne de front lors de l'Operation Allied Force de l'otan qui a démantelé la République fédérale de Yougoslavie en 1999; ce speechwriter to the secretary general of nato, qu'en est-il devenu depuis ? ...ehbien ! il est toujours vivant dans son sussex anal, jouissant d'un paisible retrait et faisant encore par-ci par-là des piges & des pipes à l'université du kent, à vesalius ...et bien d'autres officines où on conseille toujours un désastre général limité à 500 millions de cyborgs en solution finale.
la résolution 1973 du Conseil de sécurité des Nations unies de 2011, opération multinationale du 19 mars 2011 au 31 octobre 2011
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discours de michel houellebecq, argentine 2017
entretien avec l'ambassadeur de Chine en France invité de Livre Noir en direct jeudi 23 juin 2022. Plusieurs thèmes abordés : Taiwan, la Russie, l'espionnage économique, le piratage industriel, la guerre commerciale avec les Etats-Unis, les relations avec l'UE, etc.
Ceci grâce à des scientifiques courageux et compétents qui ont tirés le signal d alarme des le début , parmi eux : Feu Dr Montagnier, Dr Ryan Cole, Dr Bakhdi, Dr Cahill, Dr Tennepenny, Dr Charles Hoffe, Dr Henrion Caude, Dr Velot….. dr fouché, prof raoult , et qui pour beaucoup disent que le pire est à venir
le général Sourovikine à montré qu il ne plaisantais pas
le général russe Sergei Surovikin est autodidacte. Il s’est forgé une vision militaire du 21e siècle, dans laquelle les avantages de la sphère aérospatiale ne doivent pas être négligés.les satellites ELINT (ELectronic INTelligence) de l’armée russe font leur travail.Même si les lanceurs sont cachés dans des bâtiments, le radar du satellite peut « voir » à travers 20-30 cm de béton. Les changements de position des lance-roquettes AA ne passent pas inaperçus pour le satellite radar.
Cela complique les frappes contre les antennes radar ukrainiennes avec des missiles antiradars Kh-31 provenant d’avions russes, en raison de la longue distance.
ils reçoivent les drones kamikazes shahed 136 et possiblement des missiles iraniens Fateh, Zolfhagar..
Le E-8 JTARS est un avion américain de surveillance, de commandement et de contrôle au sol. Son radar « voit » les cibles mobiles au sol et suit 600 de ces cibles simultanément, à plus de 250 km de distance. Le JTARS E-8 détecte et suit les véhicules terrestres et peut distinguer les véhicules
avions russes Tu-214R qui volent dans l’ouest de la Biélorussie le long de la frontière ukrainienne sont identiques à ceux des E-8 JTARS américains. Grâce à son radar, le Tu-214R
première fois depuis le début de l’opération spéciale en Ukraine le 31 octobre, des missiles de croisière russes ont frappé la région de Tchernivtsi. Outre l’endommagement de la centrale hydroélectrique de Novodnistrovsk, des dépôts d’armes occidentaux situés dans la banlieue de Tchernivtsi
les « usual suspects », CIA-MI6, foutent le bordel à la frontière indo-chinoise…
l'otan ira jusqu au bout ils ont investit depuis 8 ans pour cette guerre. L ancienne chanceliere allemande a ete tres claire les accords de minsk etaient simplement une manoeuvre pour gagner le temps.
on s’achemine vers un état de guerre larvée régionale pour sans doute un siècle.
En Corée on en est déjà à 70ans.
Tant que l’Ambassade des USA ne bouge pas de Kiev aucun risque
N'oublions pas que la Russie se bat contre quasiment 40 pays
mes drones iraniens préférés sont le Kaman-22 (la copie par rétro ingénierie du MQ-9 Reaper) et le Karrar propulsé par un turboréacteur et à capacité de combat aérien rapproché !! et bien sûr le drone Gaza-149
mes missiles balistiques iraniens, mon préféré est le missilehypersoniqueHajj Qassem impossible à intercepter à l’heure actuelle comme d’ailleurs le planeur hypersonique à têtes nucléaires multiples russe le fameux Avangard (qui à mon avis est l’ICBM ultime comme l’avait affirmé le président Vladimir Poutine).
ce sont des drônes kamikazes qui font le boulot : soit ils parviennent à faire le job et boom pour l’infrastructure critique de l’ukraine…. ou il n’y parvient pas mais le lieu du tir ukrainien est enregistré par la russie qui pourra tirer ensuite sur la batterie AA ukrainienne !
EDF cède 4 gros transfos et 63 groupes générateurs a l’Ukraine, pour éviter le Black-Out!!
cette stupide pseudo socialiste et franc-maçonne, la seule parade qu’elle a trouvé pour compenser le désengagement de l’état est d’augmenter de 60% la taxe foncière
qu’ils utilisent les lanceurs des anciens missiles transcontinentaux déclassés pour mettre en orbite leurs satellites militaires ou commerciaux à moindre frais, ce qui est logique:
Vu les pertes humaines des 2 côtés et pour les limiter au maximum , il conviendrait de viser directement les forces vives de l’OTAN
n’est pas dans l’intérêt des Russes. Détruire les infrastructures électriques permet tout un tas de choses
L’hiver russe a vaincu Napoléon, entre autres, et il ne coûte ni vies de soldats, ni munitions.
Combien d’or y a-t-il dans le monde ?
Warren Buffett dit environ 175 000 tonnes, des personnes comme Gates, Buffett et Bezos ne sont pas des prétendants au titre d’homme le plus riche du monde. Elon Musk et ses 200 milliards de dollars supposés sont à peine de l’argent de poche, et des gens comme George Soros et ses milliards dérisoires ne sont même pas de la petite monnaie
Pourquoi n’y a-t-il aucun Rothschild sur cette liste, aucun Sassoon, aucun Kadoory, aucun Goldman Sachs ?
entreprises telles que Wikipedia, Amazon, Starbucks et bien d’autres qui semblent être parties de presque nulle part pour devenir des leaders mondiaux en très peu de temps.
Elon Musk, cet homme semble venir de nulle part et pourtant, il est soudainement “propriétaire” du plus grand constructeur automobile du monde. Dans le même temps, Musk a lancé un programme agressif de lancement de dizaines de milliers de satellites de communication, puis SpaceX, “la société privée de vols spatiaux de Elon Musk”, le fabricant du Starship, qui prévoit des missions à la Station spatiale internationale, rien de moins. Après quoi, Musk a acheté Twitter pour 44 milliards de dollars.
Devons-nous croire que c’est Elon Musk qui a conçu la Tesla ? Rien ne prouve que Musk soit capable de concevoir ne serait-ce qu’une baguette, et encore moins une voiture entière. Alors comment tout cela s’est-il produit et quelle a été la source des milliards d’arrière-plan
évidemment rien de tout cela ne vient de Musk.
personnes ne sont que des façades pour quelqu’un qui a vraiment tout l’argent. Et les plans.
valent pour Zuckerberg, Bezos, leurs jumeaux de Google et d’autres. Aucun d’entre eux n’a les connaissances ou les capacités, ni l’énorme financement requis pour faire les choses qu’ils sont censés faire. Ni leurs fortunes ni leurs capacités
que même une petite merde comme Zuckerberg pouvait venir de nulle part et, en quelques années seulement, valoir dix fois plus
On me dit qu’il y a 13 familles qui contrôlent l’ensemble du clan mondial, opérant depuis la City de Londres. Les dirigeants de cette liste sont incontestablement des Rothschild,
A extrema-direita, fascista, deu mais um passo em direção aos seus objetivos autoritários e golpistas com a invasão de 8 de janeiro. Que a invasão tenha transcorrido como quebra-quebra de elevada impopularidade, que seu objetivo estratégico (intervenção militar e ditadura) não tenha sido alcançado, que tenha havido prisões e que se siga uma onda repressiva não altera esse fato. Para o seu núcleo duro, tratou-se de “voltar à ação”, de forma mais radical, de não mais ficar apenas “passivo” na frente dos quarteis.
Em 6 de janeiro de 2021, a corja de extrema-direita apoiadora de Trump invadiu o prédio do capitólio, a sede do congresso imperialista dos EUA. Naquele momento, o congresso confirmava Joe Biden como presidente eleito nas eleições de 3 de novembro de 2022. O objetivo da corja era impedir essa confirmação e buscar de alguma maneira manter a presidência com Trump, que contestava o resultado das eleições sob alegação de fraude no processo eleitoral. A corja foi diretamente estimulada por Trump para essa invasão e encontrou o capitólio praticamente sem segurança, permitindo a livre entrada dos extremistas, em óbvia cumplicidade do aparelho repressivo estatal. A invasão foi contida em algumas horas e uma pequena parcela dos extremistas foi presa.
Em suma, mobilização permanente de uma corja de extrema-direita. Alegação de fraude nas eleições presidenciais. Não reconhecimento do resultado eleitoral. Tentativa de manter o líder da extrema-direita no poder. Invasão do congresso. Omissão e cumplicidade das forças de segurança. Algumas prisões com penas leves.
Se todo esse roteiro parece muito familiar e atual aos/às camaradas e leitores/as brasileiros/as, confirma-se, mais uma vez, a magistral abertura de uma das obras-primas de Karl Marx, o 18 de Brumário de Luís Bonaparte: a história do mundo, por assim dizer, ocorre duas vezes. Só que não apenas com fatos e personagens de grande importância, mas também às vezes com os mais asquerosos. Marx só “se esqueceu” de acrescentar: quando a primeira vez já foi uma farsa, a segunda só pode ser sua caricatura grotesca.
1 – A escalada golpista da extrema-direita, fascista
Bolsonaro e o núcleo duro da corja de extrema-direita, fascista, que o apoia sempre foram, intrinsecamente, autoritários e golpistas – além de anticomunistas, é claro. Essa corja não só descende da última ditadura militar no país e do todo chorume de movimentos reacionários e fascistas de décadas atrás, como também se relaciona com grupos, partidos e governos de extrema-direita em várias partes do mundo.
Embora o bolsonarismo nos governos e no parlamento se utilize também de seu polo “sistêmico”, de atuar “nos limites” das instituições, “o polo dominante do bolsonarismo é seu aspecto antissistêmico, anti-institucional, de provocar a anarquia militar e o caos”. Com isso, buscam “manter mobilizada e na ofensiva política a sua base militante” e “agravar a crise institucional, redobrando a aposta no ambiente de caos para fortalecer uma saída autoritária e golpista”. Seu objetivo sempre foi “um regime autoritário e repressivo, baseado nas forças armadas e nas polícias, com algum apoio ‘popular’, encabeçado por si mesmo”, como afirmamos no texto O fascista Bolsonaro é amigo dos patrões e inimigo das classes trabalhadoras!, de 5 de agosto de 2022, que integra nosso livro digital Quem são os nossos inimigos? Quem são os nossos amigos? Essas são questões fundamentais! A conjuntura econômica e política brasileira e a posição comunista.
Um balanço anual bastante resumido de suas tendências autoritárias traria o discurso explicitamente golpista do reincidente e então general de exército da ativa Hamilton Mourão, em setembro de 2017; o infame tuite do então comandante do exército Villas Boas (na época assessorado pelo atual comandante do exército Tomás Paiva) enquadrando o STF no julgamento de Lula, em abril de 2018; o comício do então presidente Bolsonaro em frente ao quartel-general do exército no ato pela intervenção militar, em abril de 2020; as grandes manifestações golpistas do 7 de setembro de 2021; os atos e acampamentos em frente a quarteis ao longo do país, mais uma vez pedindo intervenção militar, nos dois últimos meses de 2022; e a manifestação golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, o capitólio bolsonarista.
Durante todos esses anos, a máquina de propaganda do seu “partido digital”, em suas diversas redes sociais, funcionou ininterruptamente, organizando e dando a linha política para o núcleo duro de extrema-direita e uma base política e eleitoral crescente. Durante todo esse período, essa máquina e o movimento em si foram financiados por burgueses de vários setores, por patrões que enxergaram claramente a utilidade desse bando, cada vez mais mobilizado e armado, e de um regime político mais autoritário, na sua luta de classe contra os/as trabalhadores/as.
Ainda em 2021, o discurso bolsonarista de fraude eleitoral, contra as urnas eletrônicas, cresceu a ponto de se institucionalizar e virar projeto de lei pelo “voto impresso e auditável” (sic!), embora derrotado no congresso. Em 2022, o TSE cedeu a essa pressão e convidou as forças armadas, aliadas e partícipes do bolsonarismo, a atuarem como fiscais eleitorais. Desde bem antes das eleições, portanto, Bolsonaro já desacreditava o processo eleitoral, visava conturba-lo e denunciava abertamente uma suposta fraude, seguindo Trump. Continuou a fazer isso durante toda a campanha eleitoral e também depois da derrota, que nunca reconheceu. Comprovando a eficácia de sua máquina de propaganda, a quantidade de votos de Bolsonaro no primeiro turno (37% do eleitorado total) seria estatisticamente igual à da população que não confia na integridade do processo eleitoral, achando que Lula não teve mais votos que Bolsonaro (39,7%, de acordo com a pesquisa Atlas de 10 de janeiro de 2023).
Na base bolsonarista, o discurso de fraude eleitoral sempre foi vinculado ao de combate ao “sistema”. Ou seja, a todos os que de alguma forma, ainda que potencialmente, se opõem ou poderiam se opor a Bolsonaro, num amplo espectro que vai do PT à Rede Globo e do STF ao MST, passando pelos movimentos “identitários” e defensores dos direitos humanos. Esse combate reacionário ocorre em todos os níveis, nas redes sociais e nas ruas, nas eleições e fora delas, acumulando forças para alcançar seu objetivo maior de “centralizar o poder de maneira autoritária”.
Em todos esses atos golpistas, pelo menos de 2020 e até agora, continua evidente que: 1) a base bolsonarista de extrema-direita, fascista, organizada e mobilizada, está disposta a níveis crescentes de confronto; 2) permanece o apoio patronal na criação das condições objetivas e no financiamento da organização e dos atos bolsonaristas; 3) há omissão e cumplicidade militante dos órgãos de segurança, em especial as polícias militares e as forças armadas; e 4) também há o patrocínio implícito (ou mesmo explícito) dos governadores e parlamentares bolsonaristas.
Fica claro, mesmo nessa exposição sumária, que os atos golpistas vêm caminhando num crescente, buscando acumular forças e acuar/intimidar seus adversários. Também é evidente que essa ofensiva política tem por objetivo regimes burgueses mais autoritários, contra as classes trabalhadoras. E que as “instituições democráticas” não foram impeditivas à radicalização dessa corja. Como concluímos no nosso documento de avaliação das eleições e das perspectivas para o próximo período: “A derrota eleitoral de Bolsonaro não significa, nem de longe, o fim da extrema-direita, fascista, organizada e militante”.
2 – A invasão golpista de 8 de janeiro
O ato golpista do domingo, 8 de janeiro, foi uma ação planejada pelo núcleo duro da extrema-direita bolsonarista, que o organizou durante semanas, mobilizou militantes em várias partes do país, arrecadou os recursos necessários, e contou, no mínimo, com a passividade e/ou o acordo tácito (senão a aprovação explícita) de autoridades governamentais de Brasília e do governo federal e a omissão intencional (senão incentivo e autorização) da polícia militar e do exército.
A invasão do dia 8 de janeiro foi planejada nos mais de 60 dias de acampamentos bolsonaristas em frente aos quarteis, especialmente em Brasília, diante do quartel-general do exército. O ministro da justiça de Lula, Flávio Dino, antes mesmo da sua posse, já chamava esses acampamentos de “incubadoras de terroristas”. Já como ministro, prometeu que eles seriam desfeitos até a sexta, dia 6 de janeiro. Na verdade, essa teria sido uma promessa de Múcio – o ministro da defesa de Lula, porém imposto (no vídeo, a partir de 1:50:45) pelos comandantes militares. Então ficou acertado assim: um não tem qualquer autoridade sobre os militares e o outro passou a ignorar o assunto. A passividade do governo Lula estava combinada. Quanto ao próprio Lula, que alega que não sabia de nada, viajou para Araraquara…
Em relação ao financiamento, uma primeira ação da AGU pediu bloqueio de contas e patrimônio de 52 extremistas e 7 empresas, totalizando até o momento R$ 18,5 milhões, cobrindo apenas os já identificados que financiaram diretamente ônibus para Brasília. Uma avaliação mais ampla, também inicial, identificou mais de 100 empresas envolvidas no financiamento da extrema-direita em seus atos golpistas. Desses, até agora, foram apenas 3 presos, todos insignificantes.
A extrema-direita, fascista, deu mais um passo em direção aos seus objetivos autoritários e golpistas com a invasão de 8 de janeiro. Que a invasão tenha transcorrido como quebra-quebra de elevada impopularidade, que seu objetivo estratégico (intervenção militar e ditadura) não tenha sido alcançado, que tenha havido prisões e que se siga uma onda repressiva não altera esse fato. Para o seu núcleo duro, tratou-se de “voltar à ação”, de forma mais radical, de não mais ficar apenas “passivo” na frente dos quarteis. Para essa corja, a invasão foi, simbolicamente, a ocupação e a destruição das sedes dos três poderes, que atentam contra os seus interesses. Uma demonstração de poder, do seu ponto de vista. Seu objetivo tático foi o de buscar agravar a crise política e institucional, ampliar a anarquia militar e o caos, tentando uma maneira mais efetiva de forçar a ação desejada das forças armadas.
A invasão começou com um desfile de aproximadamente oito quilômetros pelo eixo monumental de Brasília, entre o quartel-general do exército e a praça dos três poderes, com duração de duas horas. Como pode ser visto na foto abaixo, o desfile era aberto por viaturas da polícia militar, que faziam a escolta da manifestação e protegiam os extremistas de direita.
No começo da tarde do dia 8 de janeiro, a corja bolsonarista desfila tranquilamente pelo eixo monumental de Brasília, escoltada pela PM e bradando o lema integralista: “Deus, pátria, família e liberdade”, em direção à esplanada e à praça dos três poderes, supostamente interditada por essa mesma PM.
Nesse momento, o secretário de segurança pública, substituto, se congratula com o governador bolsonarista do DF, comprovando a cumplicidade das forças de segurança e do governo com a extrema-direita:
“Tudo tranquilo. Os manifestantes estão descendo lá do SMU [Setor Militar Urbano, onde está o quartel-general e o acampamento extremista], controlado, escoltado pela polícia. Tivemos uma negociação para eles descerem de forma pacífica, organizada, acompanhada. Toparam. …. está um clima bem tranquilo, bem ameno. Uma movimentação bem suave. E a manifestação totalmente pacífica. … Nossa inteligência está monitorando e não há nenhum informe de questão de agressividade, … todo mundo de forma ordeira e pacífica”.
Essa fake news parece querer justificar a mudança de postura do governo do DF. Até a véspera da invasão, o plano era bloquear a esplanada dos ministérios. No final da tarde de sábado, isso foi alterado para deixar o acesso à praça dos três poderes completamente livre para os extremistas, apesar dos alertas recebidos.
O principal responsável pela segurança em Brasília era Anderson Torres, que fora presidente do diretório do PSL em Brasília (depois rebatizado de União Brasil), que havia sido chefe de gabinete do deputado federal bolsonarista Francischini, depois secretário de segurança pública no governo bolsonarista de Ibaneis Rocha, que o cedeu para ser ministro da justiça de Bolsonaro. Com o fim do mandato de Bolsonaro, voltou ao seu antigo cargo no GDF. Em poucos dias nesse cargo, fez as mudanças “necessárias” e viajou para os EUA para encontrar com Bolsonaro. Voltaria de lá preso.
Depois da invasão, o ministro da justiça de Lula afirmou que soube da mudança de planos pela imprensa, que questionou o governo local e recebeu a resposta que tudo estava tranquilo. Aceitou essa informação com uma “ingenuidade intolerável”. Para não ser acusado de não ter feito nada, fez uma burocrática e insuficiente convocação da força nacional – algo como 150 militares contra por volta de 10 mil extremistas. De resto, ficou assistindo passivamente a invasão.
Das 15 às 18:30, a esplanada dos ministérios e a praça dos três poderes ficou, portanto, totalmente livre e desimpedida para os extremistas de direita subirem a rampa do congresso nacional, invadirem a câmara e o senado, serem recebidos de portas abertas para depredarem o palácio do planalto e depois invadirem e destruírem o STF. Além dos ignorantes que praticaram o lema fascista espanhol de “abaixo a inteligência” e destruíram o patrimônio histórico e obras de arte, havia as lideranças extremistas que roubaram armas, documentos e computadores no palácio do planalto, especialmente no gabinete de “segurança” (sic!) institucional (GSI) e da Abin.
Durante essas mais de três horas, a Polícia Militar, em “decisão deliberada”, escoltou, protegeu, orientou e tirou “selfies” com os extremistas, fotografou a invasão e tomou água de coco. A charge abaixo ilustra bem a “ação” da PMDF.
3 – A insubordinação das forças armadas
Mas não foi apenas a PM. Foram principalmente as forças armadas, especialmente o exército. Após quatro anos de apoio explícito e sustentação ao governo Bolsonaro, com ampla politização militar, as forças armadas partiram para a insubordinação contra o governo eleito de Lula-Alckmin e sua equipe de transição – transição que não houve em relação ao ministério da defesa, apesar do novo ministro tê-la citado duas vezes em seu discurso de posse, juntamente com a ironia involuntária de definir as forças armadas como “garantidoras últimas dos nossos patrimônios”…
Após a invasão de 8 de janeiro, novas e ainda mais explícitas insubordinações colocaram Lula contra a parede e ele foi obrigado a demitir o comandante do exército, apenas para colocar no seu lugar o ex-chefe de gabinete e pupilo de Villas Boas, subitamente “convertido” (sic!) em comandante de uma “onda legalista no Exército”, conforme os delírios dos oportunistas da “esquerda”.
Os acampamentos foram explicitamente acobertados pelas forças armadas e defendidos pelos três comandantes em carta pública – o que constitui mais uma manifestação da politização militar. O ministro da defesa de Lula foi além, definindo os acampamentos como democráticos, com a participação de sua família e de amigos. Os próprios militares tiveram participação militante nos acampamentos, tanto os da ativa quanto os da reserva, e ainda por meio de familiares, a começar pela esposa de Villas Boas (no vídeo, a partir de 38:15). Na noite da invasão, quando as forças de segurança quiseram prender os extremistas que haviam fugido da praça dos três poderes para seu “santuário”, o acampamento em frente ao quartel-general, o comandante do exército deu a seguinte ordem a seus superiores hierárquicos: “vocês não vão prender ninguém aqui”. Os obedientes ministros da defesa, da casa civil e da justiça, além do interventor, cumpriram a ordem recebida. Isso garantiu a fuga de incontáveis extremistas acobertados pelo exército.
No 8 de janeiro houve omissão criminosa do comando militar do planalto e do batalhão da guarda presidencial (BGP), com seus mais de mil militares sediados no próprio subsolo do palácio do planalto. O BGP foi simplesmente dispensado na véspera da invasão pelo ministro-chefe do GSI, general Dias, indicação pessoal e homem da confiança de Lula. O coronel que comanda o BGP bloqueou, pessoalmente, a ação policial para prender os extremistas que invadiram o planalto – atuando, como visto, em sintonia com o comandante do exército. O que os chefes militares queriam era mais uma decretação de operação de garantia da lei e da ordem (GLO), para terem totais poderes sobre Brasília e emparedarem o governo. Assim orientaram seu ministro da defesa para sugerir a Lula. Múcio obedeceu, como de praxe, porém Lula recusou.
Após toda a atuação de Múcio, desde que foi indicado até a invasão do 8 de janeiro, assim que surgiram os primeiros boatos e movimentações pela sua demissão, imediatamente entrou em campo a turma do “deixa disso”. Em absoluta unanimidade, ex-ministros da defesa – de Lula (Nelson Jobim), Dilma (Aldo Rebelo e Jaques Wagner), Temer (Raul Jungmann) e Bolsonaro (Fernando Azevedo) – saíram em defesa de Múcio, afirmando que não se pode “enquadrar” militares. O que esses porta-vozes militares articularam nos bastidores, o PCdoB fez questão de defender em público: “A saída de Múcio seria um desastre. O PT é o partido hegemônico do governo, daí sua responsabilidade em buscar a todo momento a estabilidade“, afirmou um deputado desse vergonhoso partido reformista, defensor da ordem burguesa.
O último momento na cadeia da insubordinação militar (até aqui!) gerou a demissão do comandante do exército, no dia 21 de janeiro, após o mesmo ter forçado uma situação limite, diante da qual nem mesmo Lula conseguiu acomodar a afronta e conciliar. Após fazer parte do jogo de troca antecipada de comando das forças, acobertar os acampamentos da extrema-direita em frente aos quarteis, ser omisso e cúmplice em vários aspectos da invasão do dia 8 e das sucessivas fugas dos extremistas, o general Arruda ainda quis manter a promoção de tenente-coronel Mauro Cid, um braço direito de Bolsonaro. Lula demitiu Arruda e pôs no seu lugar o general Tomás Paiva, que coincidentemente (?) havia feito, dias antes, um discurso em defesa da hierarquia militar e do acatamento ao resultado das eleições.
O conjunto dos eventos dos últimos anos, assim como das últimas semanas, portanto, mostra de forma inequívoca o retorno da “anarquia militar” ao país. Na história republicana, a politização das forças armadas sempre foi uma constante, gerando ou agravando crises político-institucionais e culminando em ameaças de golpe, tentativas de deposição de presidentes ou bem-sucedidas instaurações de ditaduras. Neste começo de 2023, já temos a crise político-institucional e a ameaça de golpe…
4 – A reação do aparelho de estado e a repressão
A voluntária e criminosa inação de todo o aparelho repressivo burguês (forças armadas, polícias, ministério da justiça e da defesa, ministério público, poder judiciário etc.) no dia 8 de janeiro durou o tempo necessário para que as sedes dos três poderes fossem invadidas e destruídas. Mais do que isso, durou o tempo necessário para que a corja de extrema-direita pudesse mostrar sua força – de organização, de mobilização, de destruição. Mais uma vez, como nos últimos pelo menos cinco anos, a iniciativa política na luta de classes permaneceu com a extrema-direita, fascista.
Com esse recado dado, após mais de quatro horas da mais inteira liberdade de ação dos extremistas, o repressão começou a se mexer, após a maior parte dos extremistas dispersarem tranquilamente. Por volta das 17 horas, o governador do DF, o bolsonarista Ibaneis Rocha, demitiu o bolsonarista Anderson Torres, seu secretário de “segurança”, e convocou toda a PM às ruas, numa tentativa de salvar sua própria pele. Pouco antes das 18 horas, Lula tomou a “atitude devida mínima” e decretou uma intervenção federal – mas apenas na segurança pública do DF e por menos de um mês, até 31 de janeiro. Depois disso começou a desocupação dos prédios públicos e a prisão dos extremistas. Ao todo, por volta de 500 foram detidos na praça dos três poderes e na esplanada. A esses se somariam por volta de 1.300 restantes no acampamento de Brasília na manhã do dia seguinte. Desse total de 1.843 detidos, 684 foram liberados e 1.159 encaminhados para prisão, com pouco menos de mil tendo decretada prisão preventiva.
Por volta de meia-noite se soube a razão da “moderação” do decreto de Lula (além de sua intrínseca tendência à conciliação, ao conchavo, aos acordões): numa “divisão do trabalho”, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, destituiu o governador do DF, mandou desocupar imediatamente os acampamentos em todo o país, prender quem resistisse e impedir o bloqueio de rodovias e vias públicas.
Como vimos, o “imediatamente” do STF foi desobedecido pelo comandante do exército, que precisava dar fuga aos seus, e a desocupação do acampamento em frente ao quartel-general de Brasília apenas começou no início da manhã seguinte. Os demais acampamentos começaram a ser desmobilizados de tarde – e sem o registro de prisões.
Nos dias seguintes, Moraes mandaria prender o bolsonarista Anderson Torres e o comandante da PMDF no dia da invasão, que já havia sido exonerado na véspera pelo interventor. Além disso, estão em curso investigações sobre financiadores da invasão, pedidos de bloqueios de contas, quebras de sigilo, localização por celulares etc.
Não obstante a pressão do governo, da imprensa e da totalidade da “esquerda” reformista e institucional por repressão, os fatos até o momento mostram que se trata de uma ação bastante limitada, voltada a um grande número de “arraia-miúda” de extremistas. Em movimento complementar, já começam discursos de “pacificação”, que objetivam manter a repressão apenas sobre os bagrinhos.
5 – A reação político-institucional e da burguesia: mais uma “frente ampla”?
Como não poderia deixar de ser, as instituições burguesas, por meio dos seus chefes burgueses, se posicionaram de forma unânime em defesa da própria democracia burguesa (o chamado “estado democrático de direito”) e na condenação das invasões e depredações. Presidente da república, ministros do STF e parlamentares se reuniram em frente aos escombros do STF após às 22 horas do próprio dia 8 de janeiro. No dia seguinte pela manhã publicaram uma nota conjunta em defesa da democracia em que se declaram “unidos” para tomar as “providências institucionais” e pediram “serenidade” à sociedade e “normalidade” no país.
Representantes dos três poderes reunidos e descendo a rampa do planalto no dia 9 de janeiro com governadores, sob a promessa de “unidade democrática”.
Na noite desse mesmo dia 9, todos os senhores e a senhora da foto à esquerda participaram de outra reunião conjunta, agora com a presença de todos os governadores (e alguns prefeitos de capitais), inclusive os de extrema-direita, como Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, cuja resistência a participar da reunião foi vencida pela presidente do STF pessoalmente. O discurso da ministra na reunião foi pela “unidade nacional”, o do presidente da câmara, pela “unanimidade”, enquanto os governadores também falaram em união e solidariedade, assim como Lula.
A própria “frente ampla” de 2022, por fim, como que reviveu efemeramente em nova manifestação na faculdade de direito da USP, com a presença de 800 pessoas em defesa do “estado democrático de direito”.
Ou seja, tal qual os “programas” (sic!) das “frentes amplas”, além da unidade negativa, nesse caso contra a invasão, a pauta conjunta dos três poderes se reduz a meras declarações de princípio. No fundo, representam a demanda da burguesia por “estabilidade” para a continuidade e a consolidação de sua dominação de classe sobre o proletariado e as demais classes dominadas. Não por coincidência, esse é exatamente o papel desempenhado por Lula e pelo PT nos seus governos anteriores, que prometem repetir no atual.
A condenação da invasão de 8 de janeiro também foi praticamente unânime entre os representantes da classe burguesa, em suas distintas frações. Mas ao contrário do que pretende a “esquerda” reformista e institucional, com suas loas a uma pretensa “burguesia democrática”, o interesse burguês é bem outro.
Pela indústria, a Fiesp falou de “repúdio da sociedade” e demandou punições severas, enquanto sua entidade “gêmea”, o Ciesp, queria “paz para produzir” e a CNI defendeu “voltar a funcionar dentro da normalidade” para “voltar a crescer”. A Firjan defendeu a “construção de um ambiente econômico, social e político que caminhe na direção do desenvolvimento“, enquanto a Abiplast (plásticos) foi ainda mais direta e criticou a invasão e atos similares que “apenas atrasam a reação positiva do mercado e a diminuição da percepção de risco”. Houve ainda notas do Secovi-SP e Sinduscon-SP, CBIC e Aneor (construção civil), Sindusfarma e Abiis (saúde), Ibram (mineração), Abit (têxtil), Abimaq e a Sindusmaq (máquinas e equipamentos) e Abia (alimentos). Nós, comunistas do Cem Flores, entendemos essas declarações da burguesia industrial como a defesa de uma maior estabilidade em prol dos lucros.
Ainda sobre a burguesia industrial, no caso a paulista, a tentativa em curso de derrubada do presidente da Fiesp deve ser analisada conjuntamente com o processo eleitoral e a crescente escalada golpista da extrema-direita, fascista. A votação em assembleia ficou 47 x 1 pela derrubada. A disputa deve seguir nos tribunais. O presidente, no caso, é Josué Gomes, patrão da Coteminas, filho do ex-vice-presidente de Lula nos primeiros mandatos. Uma das razões para essa derrubada seria sua liderança para a Fiesp assinar a carta “em defesa da democracia” em 11.08.2022. Como afirmamos no texto em que analisamos aquelas manifestações, apenas 18 dos 131 sindicatos da Fiesp assinaram a carta, mostrando não uma Fiesp rachada, mas uma ampla maioria de apoiadores bolsonaristas na burguesia industrial paulista – reafirmada na votação pela destituição de Josué. Posição essa que aparenta estar ainda mais forte agora. Em suma, as declarações contra a invasão de 8 de janeiro (e em defesa dos seus lucros!) não devem ser entendidas como sincera e milagrosa conversão da burguesia à “democracia”, assim como aquelas do ano passado também não o foram…
O agronegócio foi na mesma toada. A Única (cana de açúcar) defendeu o “comprometimento … de todos os setores da economia para garantirmos a estabilidade do país“. A CropLife Brasil denunciou as invasões como “absolutamente incompatíveis à retomada de crescimento econômico do Brasil“. A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu reclamou que os extremistas “desvalorizam todo o esforço que a cadeia produtiva tem feito para estar em constante crescimento dentro e fora do Brasil”. A principal diferença do agronegócio foram as notas em autodefesa, que reafirmam seu bolsonarismo. A Aprobio (biocombustíveis) defendeu investigações para que “não paire sobre setores inocentes qualquer desconfiança“. A Aprosoja-MT ignorou completamente as invasões em Brasília e defendeu sua pauta própria: “Somos contra grilagens, invasão da propriedade privada, desmatamento ilegal e uso irrestrito de pesticidas em lavouras“. Também fizeram declarações a Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), ABPA (avicultura e suinocultura) e Abiove (óleos vegetais). A análise comunista desse discurso burguês, também no caso do agronegócio, é que a democracia é um pretexto para a defesa do seu lucro e do seu programa e da consequente exploração das classes dominadas.
No setor financeiro, claro, tampouco foi diferente. Enquanto a Febraban repudiou “agressões ao patrimônio público” e “a violência contra as instituições”, a Anbima se preocupou mais com o “desenvolvimento da nossa economia” e a CNseg (seguradoras) denunciou a contribuição das invasões “para o atraso no crescimento do país”. Para a Abrasca (empresas negociadas na bolsa de valores), a invasão afeta a imagem internacional do país, prejudicando a retomada do crescimento econômico. O banco BR Partners prevê perdas pelo “impacto negativo para os mercados e a economia com a elevação do risco institucional”.Ou seja, também para o setor financeiro o que importa é não atrapalhar os negócios e os lucros.
Poderíamos continuar indefinidamente tratando do posicionamento das associações patronais da imprensa (ANJ, Abert), do comércio (CNC, ACSP, IDV, Abrasel), de companhias aéreas (Abear) e de entidades mais genéricas como Instituto Ethos, Esfera Brasil, Cebds, MBC, PNBE etc. O sentido é sempre o mesmo.
Tal como nas manifestações da burguesia em relação ao 7 de setembro de 2021 e de 2022 – que analisamos no nosso documento Teria a burguesia brasileira se tornado “democrática”?, de 15.08.2022, incluído no nosso livro digital Quem são os nossos inimigos? Quem são os nossos amigos? Essas são questões fundamentais! A conjuntura econômica e política brasileira e a posição comunista, de 30.09.2022 – não se trata da existência (ou não) de uma burguesia “democrática” e defensora do “estado democrático de direito”, como acredita a “esquerda” reformista. A burguesia defende o sistema político e o regime que lhe deem melhores condições de consolidar sua dominação de classe e manter/aumentar a exploração sobre as classes dominadas e os seus lucros. Isso inclui tanto uma ditadura burguesa (a última delas, de 1964 a 1985) quanto uma democracia burguesa (pós-1985), conforme as possibilidades e necessidades.
O posicionamento da burguesia em relação à invasão de 8 de janeiro tem sido de condenação de uma ação que foi derrotada, ao mesmo tempo que defende a “normalização” institucional para o crescimento e/ou desenvolvimento – na verdade, para o aumento dos seus lucros. Essa é a mesma burguesia que apoiou Bolsonaro até o final do seu governo e sua derrota eleitoral. Essa é a mesma burguesia que, caso a invasão tivesse “dado certo” e gerado as condições para um golpe de estado, estaria agora buscando se acertar com o novo poder.
Em relação ao governo Lula, a posição da burguesia é a de impor a consolidação dos “avanços” do seu programa hegemônico nos últimos anos (manutenção das privatizações já realizadas; manutenção e ampliação das concessões; consolidação ainda maior da reforma trabalhista, apenas com ajustes pontuais; consolidação da reforma da previdência; definição do novo marco fiscal, com apoio do FMI, com controle de gastos; realização de novas reformas etc.). Conseguidos esses seus objetivos principais – garantindo a consolidação do novo patamar de exploração no país e elevadas taxas de lucro – a burguesia não se importa em fazer coro pela “democracia”…
6 – A reação da “esquerda”, reformista e institucional
No nosso documento de análise do resultado das eleições presidenciais e das perspectivas do governo Lula-Alckmin, de 18.11.2022, avaliamos que as manifestações da extrema-direita, fascista, poderiam se reforçar e que a “esquerda” estava iludida, achando que iriam se esvaziar após a derrota eleitoral e/ou a posse de Lula:
“Que essas manifestações golpistas e fascistas tenham se reduzido duas semanas após a eleição – o que não significa que não possam se reforçar ou voltar a ocorrer no futuro – não reduz sua importância como ofensiva do inimigo de classe. … [Erra] a ‘esquerda’ reformista e legalista que pede (ou espera) que o bolsonarismo reconheça e aceite a derrota eleitoral e volte para casa, deixando o espaço livre para os acordões e conchavos entre Lula e o centrão”.
No mesmo documento, nós também apontávamos para os limites dessa “esquerda” contra o fascismo, já que ela substitui luta de massas por disputa eleitoreira, combate de classe por gritos de socorro à repressão capitalista:
Nossa conclusão sobre esse ponto naquele documento foi que:
“A ampla aliança eleitoreira da chapa Lula-Alckmin não derrotou e não pode derrotar o fascismo. A única forma de derrota-lo é lhe dar o devido combate nas ruas, nas manifestações das classes dominadas; nas lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras contra os patrões, que são o apoio central dessa corja; no reforço da organização das massas trabalhadoras”.
Achamos que essas análises mostraram toda a sua validade na conjuntura que se seguiu, na invasão de 8 de janeiro e no seu momento imediatamente posterior. Durante todo o período eleitoral, nos dois meses entre a eleição e a posse e até o 8 de janeiro, toda a postura da “esquerda” reformista, “a mais legalista do mundo”, foi exclusivamente eleitoreira e institucional. Seus desejos piedosos de que os extremistas se desmobilizariam, claro que não se realizaram. Ao contrário, os bolsonaristas se radicalizaram. Entre outras razões, pela total falta de quem lhes opusesse combate. Enquanto isso, a “esquerda” estava disputando ferozmente cargos, em sua maioria simbólicos, de enrolação, no novo governo…
Como decorrência dessa postura, a “esquerda” reformista “deixou” a tarefa de combater a extrema-direita às próprias instituições burguesas, principalmente ao poder judiciário (TSE e STF), especialmente após a invasão de 8 de janeiro. Vejamos apenas dois exemplos. O cientista político Cláudio Couto, colunista da Carta Capital e do GGN, escreveu em artigo no site da revista piauí que “sobram-nos poucas alternativas à escolha de endossar uma carta branca (ou quase) ao Xandão”. Já o historiador do PT e também cientista político Celso Barros afirmou que “O Alexandre de Moraes é o cara que as instituições responsáveis por preservar a democracia brasileira deram pra ele a tarefa de segurar o autoritarismo bolsonarista” (a partir de 18:30). Assim, restou a essa “esquerda” continuar “exigindo” uma atuação rigorosa da repressão de estado contra os “terroristas” do 8 de janeiro.
Houve mobilizações significativas de massas no dia 9 de janeiro, meio que convocadas de maneira espontânea, descentralizada, por diversos coletivos, expressando a necessidade de uma resposta ao golpismo da extrema-direita do dia anterior. Mas elas acabaram se limitando a apenas essa manifestação. Depois do dia 9, todos voltaram para a plateia, nas redes sociais, ou na disputa diária por cargos e verbas no novo governo. O aparelho pelego mobilizado pela “esquerda” reformista (sindicatos e centrais, movimentos populares e frentes) é bastante experiente e eficaz em sabotar manifestações de massa, principalmente quando é o “seu” governo no comando.
No campo institucional, a “esquerda” reformista e o governo Lula-Alckmin têm esperanças na formação de uma “frente” ainda mais ampla, com uma hipotética adesão das instituições burguesas (parlamento, judiciário), da burguesia “democrática” (sic!) e da direita “democrática” (sic!) à sua base de apoio. Para isso, além dos cargos e das verbas (é claro), sua política econômica tem uma pseudo-ambiguidade que permite “enganar” a “esquerda” (que quer ser enganada), ao mesmo tempo que busca agradar ao mercado financeiro. Em primeiro lugar, aprovou a PEC da Transição, abrindo espaço para gastos de um pouco menos de R$ 200 bilhões fora do teto de gastos, apenas para logo em seguida lançar um pacotão fiscal de R$ 242,7 bilhões para reduzir o déficit público. O que pegou com uma mão, devolveu com a outra… E, claro, o mercado financeiro quer mais, pois não acreditou inteiramente nesse pacote. Segundo, enquanto passou a campanha toda proclamando que iria revogar o moribundo teto dos gastos (na prática já revogado por Guedes), bastou virar governo para declarar que vai pedir auxílio ao FMI para definir a nova regra fiscal. Ainda, após Lula criticar duramente a tal independência do banco central, Haddad vai lá e defende o bolsonarista presidente do banco central e afirma que “a lei é passo importante na direção da independência [do banco central] … a lei está aí e está sendo respeitada neste governo”.
Mas, considerando as posições conquistadas pela direita nos governos e no congresso, sua base social, o caráter da burguesia e as perspectivas de estagnação da economia em 2023, nos parece mais provável que essa “frente ampla” vá se desmanchando no ar… Nessa conjuntura, o governo Lula-Alckmin deve ir cedendo cada vez mais para a direita, inclusive a incrustrada no próprio governo, e para a burguesia, buscando garantir sua “governabilidade” e tentando escapar do agravamento da crise política e de riscos para o seu próprio mandato.
7 – Travar concretamente a luta contra o fascismo!
O proletariado e as demais classes trabalhadoras no Brasil, em sua luta contra os patrões, contra as classes dominantes e o seu estado, precisam partir da realidade concreta da luta de classes, não de ilusões reformistas. Para resistirem aos ataques dos inimigos de classe, para arrancarem conquistas e melhorias em suas vidas, precisam considerar a conjuntura de forma objetiva.
Como os fatos recentes demostraram, a conjuntura política brasileira atual é marcada pela permanência da extrema-direita, fascista, mobilizada e na ofensiva, com disposição para o confronto. Seu objetivo maior é anti-institucional, antissistêmico. Busca alimentar a instabilidade e a crise política para aplicação de um golpe de estado e a perpetuação de seu grupo no poder, firmando uma ditadura de classe ainda mais violenta e aberta. Após anos de acúmulo de forças (19.05.2020, 07.09.2021, 07.09.2022, 08.01.2023), conquistando a hegemonia no campo da direita, suas recentes ações deixaram ainda mais claro tal estratégia. Apesar do atual contexto de baixas após o 8 de janeiro, essa estratégia segue presente.
Para cumprir seu objetivo, contam com o financiamento e o apoio direto dos patrões, a proteção das polícias e das forças armadas e também com um polo de atuação e apoio institucional. A derrota eleitoral de seu líder maior, com apenas 2 milhões de votos de diferença, não representou o fim desse lado sistêmico, importante ressaltar. Candidatos apoiados por Bolsonaro venceram em 9 estados, dentre eles São Paulo, covil hoje de vários quadros do antigo governo federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal. Sua bancada parlamentar se fortaleceu na câmara e no senado.
Portanto, trata-se de uma conjuntura política difícil às massas exploradas e suas lutas, na qual devemos agir com firmeza e decisão. Não podemos nos iludir com discursos e promessas das “instituições democráticas” e de seus atuais representantes da “esquerda” oportunista, que na prática já mostraram sua postura conciliatória e passiva. As urnas não varreram o bolsonarismo para a lata de lixo da história. Nem as instituições e a ação da repressão burguesa serão capazes de fazer isso.
Se continuamos com a ameaça golpista e o movimento bolsonarista organizado, mobilizado, na ofensiva e nas ruas: que fazer? Para derrotar a extrema-direita hoje no país, precisamos reforçar a organização e a luta das classes exploradas. Precisamos avançar na organização de maneira própria e independente, nos locais de trabalho e moradia, e lutar na defesa dos nossos interesses próprios e na construção da superação revolucionária da decante sociedade burguesa. Sem isso, os fascistas continuarão como uma ameaça, com iniciativa e na ofensiva, a influenciar toda a conjuntura política. A única forma de derrotar de fato o bolsonarismo é lhe dar o devido combate em todas as frentes, nos locais de trabalho e moradia, nas ruas, nas manifestações das classes dominadas e nas lutas dos trabalhadores e das trabalhadoras. Foi assim que o fascismo foi derrotado no século 20. Foi assim que a ditadura militar veio abaixo.
É papel fundamental, indispensável, de todo/a comunista participar e estimular esse processo, combatendo a influências reformistas e oportunistas, que contribuem para a permanência desse ovo da serpente. Toda a dificuldade política da conjuntura atual se resume a que a esquerda revolucionária é muito fraca em sua organização e inserção de massas para apoiar e estimular as justas lutas contra os inimigos de classe. No entanto, não há atalho à necessidade de crescer entre as massas proletárias, participar e avançar na organização de sua luta e enfrentar seus verdadeiros inimigos. É preciso se dedicar ainda mais junto às lutas concretas das massas exploradas. Assim a esquerda revolucionária, comunista, deve continuar reforçando seu trabalho e suas alianças.
Lutar em todas as frentes contra o fascismo!
Avançar na luta e na organização da classe proletária!
Janeiro de 2023
MCB 11 - ARCHIVE nupes/ukr - En Russie, « les couches populaires portent le fardeau de cette guerre qui enrichit les capitalistes »
Dans une salle de l’Assemblée nationale, six militantes et militants russes se situant à gauche, voire se disant marxistes, ont été invités à s’exprimer par le député de la Nupes Arnaud Le Gall. L’occasion d’écouter des avis aussi nets qu’étouffés.
Des citoyens russes opposés aux criminels de guerre du Kremlin, sans manifester pour autant la moindre complaisance envers cette Europe polono-américaine sous l’égide de l’Otan qui pointe le nez à la faveur du conflit en Ukraine ?
De telles voix rares, qui illustrent une voie étroite, se sont exprimées à Paris, dans le « Premier bureau » de l’Assemblée nationale. Le député Arnaud Le Gall (LFI, Val-d’Oise), membre de la Commission des affaires étrangères, a pris l’initiative de réunir le 17 mai six représentants de la gauche russe (trois hommes et trois femmes), exfiltrés de leur pays depuis l’invasion de l’Ukraine. Et ce « avec l’aide du Quai d’Orsay et de l’Élysée, malgré tout ce qui nous sépare dans le champ politique », a précisé le député insoumis.
Alexey Sakhnin, membre de la coalition Socialistes contre la guerre, a d’abord fortement relativisé le soutien unanime à Poutine que serine la propagande du régime : « Les sondés qui acceptent de répondre sont inférieurs à 10 %, tant la peur domine désormais la société russe. Leurs réponses donnent une image ambivalente de l’état d’esprit général puisqu’ils soutiennent la guerre à un peu plus de 50 %, tout en souhaitant qu’elle prenne fin… »
Se fondant sur de récentes études sociologiques, Alexey Sakhnin affirme que les adhérents à la guerre sont riches et âgés tandis que les partisans de la paix sont précaires et jeunes, quel que soit leur niveau d’études.
« On ne soutient pas, on se soumet »
Le militant précise cependant : « Dans une dictature, on se sent impuissant. On ne soutient pas la guerre, on se soumet à la force du pouvoir. Mais cela ne peut durer éternellement. » Il en veut pour preuve, malgré l’atomisation, la terreur et l’impossibilité d’organiser une réponse collective, les actes de résistance individuels : échapper à la conscription, déserter, se révolter sur la ligne de front (vingt émeutes de soldats ont été recensées), ou encore saboter – cent poste de recrutement ont été incendiés, trois cents voies ferrées ont été dégradées, actes souvent commis par de très jeunes gens, dont un tiers de mineurs.
Il assure que pour l’opinion générale au sein de la Fédération, la guerre est une mauvaise chose, mais le pire serait sans doute que la Russie soit battue, tant les conséquences devraient se révéler désastreuses pour la population. D’où la difficulté, pour la gauche, de se faire entendre « face au revanchisme et au fascisme » qui couvent.
Liza Smirnova, également membre de la coalition Socialistes contre la guerre, se veut d’un optimisme aussi mesuré que déterminé. Elle insiste sur les craintes d’un pouvoir sur ses gardes face à un mouvement d’opposition à la guerre plus massif qu’on ne le croit, ainsi qu’en témoignent les 20 000 personnes arrêtées, les dizaines de cas de torture, les 500 poursuites pénales et les 6 500 poursuites administratives engagées ; ainsi que les dispositions législatives échafaudées pour qualifier de « trahison contre l’État toute réunion comme la nôtre en ce moment ».
Liza Smirnova se dit persuadée que la société russe demeure de gauche, ou pour le moins attachée à la justice sociale et à l’égalité. Pour preuve, à Moscou et dans les grandes villes, le succès de candidats progressistes aux municipales de 2019 et aux législatives (à la Douma) de 2021, en dépit de tous les bâtons mis dans les roues de l’opposition – en particulier l’exclusion à grande échelle des listes électorales.
La militante rêve « sinon d’atteindre ce que fut Woodstock au moment de la guerre du Vietnam en 1969, du moins de créer des rencontres, des événements, de promouvoir des voix que les soldats russes pourront entendre ».
Sergei Tsukasov est justement un opposant qui a réussi à se faire élire à Moscou, dans le district d’Ostankino, où aucun candidat du parti de Poutine (Russie unie) n’a été désigné. Il s’est concentré sur la défense de l’environnement – résistance contre l’abattage des arbres dans des parcs destiné à permettre à des promoteurs alliés au régime de lotir des parcelles.
Quand il s’est présenté à la Douma, sa candidature a été retirée. La Cour constitutionnelle a jugé la mesure illégale : « Mais il était trop tard pour me réintégrer et me faire élire », dit-il en souriant amèrement. Ensuite, Sergei Tsukasov a été condamné au civil pour avoir soutenu Alexeï Navalny. Le 22 février 2022, quand Poutine a reconnu les prétendues Républiques populaires de Donesk et Lougansk, l’opposant a immédiatement compris que l’invasion de l’Ukraine était imminente.
« Je suis allé manifester, dit-il, devant l’administration présidentielle, ce qui m’a valu d’être aussitôt détenu. C’est dans ma cellule que j’ai appris le 24 février, par mon avocat, que la guerre avait commencé. En prison, j’ai vu arriver tous ces gens coffrés pour avoir protesté contre l’invasion. Je suis sûr que cette minorité active ne peut aller qu’en s’élargissant. »
« Une Internationale est possible »
Réfugié aujourd’hui en Allemagne, non loin de la frontière française, Sergei Tsukasov s’emploie à fédérer les anciens élus russes exilés à travers l’Europe opposés à la guerre.
Elmar Kustamov, membre du groupuscule Russie ouvrière, se veut optimiste sur l’existence d’une opposition de gauche radicale, née après la chute de l’URSS, alors que les oligarques capitalistes mettaient le pays en coupe réglée. Poutine a ensuite gelé la situation à son profit, mais la guerre craquelle son régime : « Même si la direction du parti communiste russe soutient officiellement l’invasion, elle fait face à une très vive opposition interne. Le consensus poutinien n’existe plus. Je crois même qu’un dialogue, aujourd’hui, peut s’amorcer avec les forces de gauche ukrainiennes et qu’une Internationale est possible. »À lire aussi
Maria Menshikova, qui appartient au groupe de soutien au mathématicien Azat Miftakhov – emprisonné pour appartenance à un réseau anarchiste et terroriste inventé de toute pièce par le FSB –, se veut elle aussi optimiste en dépit de la répression : « Les médias occidentaux prennent de plus en plus en considération les actions radicales anti-guerre, les seules désormais possibles dans une Russie totalement cadenassée. »
Irina Shumilova est sans doute l’intervenante la plus impressionnante. Âgée de 22 ans, elle était étudiante dans la ville de Kostroma, sur la Volga, au nord-est de Moscou. Dès l’âge de 16 ans, elle a milité pour soutenir Navalny. Elle se dit « marxiste » et travaille à un « Livre noir du capitalisme ». Elle a été obligée de s’exiler après que la police de Kostroma a mis en ligne ses coordonnées pour la livrer à la vindicte des ultranationalistes : elle avait, dès le début de la guerre, organisé à elle seule une « micromanifestation, c’est-à-dire un piquet de protestation solitaire ».Irina Shumilova, entre Elemar Kustamov et Sergei Tsukasov.
D’abord partie en Asie centrale puis en Turquie, elle a pu rallier la France grâce au syndicat FO et à LFI. Irina Shumilova dresse un constat sans appel : « Les revenus de la population russe sont en baisse tandis que le capital cumulé des oligarques a augmenté de 150 milliards de dollars. La Russie compte vingt-deux milliardaires de plus qu’avant la guerre. »
Elle enfonce le clou : « Les profits du patron de Wagner, Evgueni Prigojine, ont sextuplé : il vend ses troupes plus les rations qui nourrissent l’armée tout entière. Alexei Repik, qui a déjà amassé des millions grâce à l’industrie pharmaceutique, vient d’obtenir le marché de la reconstruction de Marioupol. Ce sont les couches populaires qui portent le fardeau de cette guerre qui enrichit les capitalistes russes. »
Toutes et tous souhaitent que « l’avenir de la Russie se décide avec l’ensemble des peuples qui y habitent ». Cela passe par « une société décentralisée qui implique les citoyens, seul gage d’une paix durable ».
Mais la paix ne sera acceptée par la société russe qu’à deux conditions, martèlent-ils. D’une part, que soient punis ceux qui ont choisi cette guerre – le gouvernement avec ses relais – et non pas ceux qui l’ont subie – le peuple. D’autre part, qu’il n’y ait pas d’ingérence des États occidentaux dans les affaires russes comme dans les années 1990.
La paix sera sans doute plus difficile à gagner que la guerre, de la part d’une bonne conscience américano-européenne incapable de se réfréner : tel est le message que tente de faire passer une gauche radicale russe minoritaire et prophétique.
Poutine a créé, à titre expérimental, une armée privée, le Groupe Wagner, où il a pu tester diverses formes d’organisation. Au cours des deux dernières années, Wagner a été commandé dans l’ombre par le colonel Dmitri Outkine, tandis que le cofondateur de cette société, le communiquant Evgueni Prigojine, captait tous les regards et les critiques. Réseau Voltaire 2 juin 2023
https://www.voltairenet.org/article219391.html
Macron ce dimanche 25 Juin dans une interview au quotidien La Provence : "La rébellion de Wagner montre les divisions qui existent au sein du camp russe, la fragilité à la fois de ses armées et de ses forces auxiliaires comme le groupe Wagner". Le chef de la diplomatie américaine, Antony Blinken, avait également estimé ce dimanche que le coup de force avorté du chef du groupe Wagner, Evguéni Prigojine, révèle des "fissures réelles" atteignant le président Vladimir Poutine. BFMTV 25 juin 2023.
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