classes em portugal, hoje
• notas de leitura redigidas por Francisco Martins Rodigues sobre o livro de Cidália Queiroz, "Classes, identidades e transformações sociais", edições Campo de Letras, Porto 2005. (in Política Operária, n°109 / abril 2007)
Quadro das classes em Portugal
- • Burguesia — 562 000 (12,1%)
Inclui a burguesia proprietária (patrões e pequenos patrões) e a burguesia dirigente e profissional (dirigentes do Estado e das empresas, profisssões intelectuais e científicas independentes). Ambas as categorias registam crescimento desde 1991, mais acentuado nos pequenos patrões e nos quadros dirigentes.
-
• Pequena burguesia tradicional — 321 000 (6,9%)
Inclui agricultores, comerciantes e artesões e outros empresários independentes. Tem vindo a sofrer forte redução numérica.
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• Nova pequena burguesia técnica e quadros — 751 000 (16,2%)
Inclui em forte expanção, tanto a sua camada superior (quadros de chefia, quadros intelectuais, científicos, etc) como na inferior (quadros técnicos e administrativos intermédios, capatazes, etc)
- • Nova pequena burguesia de execução — 1 031 000 (22,2%)
Inclui o grosso dos empregados de escritório, comércio e serviços e está a crescer. Sofre um processo de proletarização devido à precarização, desvalorização das tarefas, perda das vantagens que dantes a separavam dos operários.
- • Operariado — 1 977 000 (42,6%)
A autora inclui aqui, além dos operários industriais, cujo número continua a crescer, e dos operários agricolas, em forte redução, os traalhadores não qualificados do comércio e serviços : trabalhadores dos serviços domésticos, de recolha de lixo, auxiliares dos serviços de saúde e educação, serventes e contínuos, etc.
Operariado industrial por sectores
• Têxteis — 99 000 (87 000 q + 12 000 nq)
• Metalurgistas — 66 000 (60 000 q + 6 000 nq)
• Alimentares — 50 000 (39 000 q + 11 000 nq)
• Couro e calçado — 177 000 (160 000 q +17 000 nq)
• Madeira e cortiça — 41 000 (37 000 q + 4 000 nq)
• Química — 24 000 (19 000q + 5 000 nq)
• Papel e edição — 28 000 (25 000 q + 3 000 nq)
• Minerais não metálicos — 49 000 (43 000 q + 6 000 nq)
• Máquinas e equipamentos — 30 000 (27 000 q + 3 000 nq)
• Equipamento eléctrico — 37 000 (27 000 q + 10 000 nq)
• Material de transporte — 36 000 (29 000 q + 7 000 nq)
• Extractivas — 13 000 (q)
• Outras transformadoras — 59 000 (46 000 q + 13 000 nq)
• Construção e obras públicas — 379 000 (313 000 q + 66 000 nq)
• Transportes / comunicações — 76 000 (75 000 q + 1 000 nq)
• Comércio — 151 000 (147 000 q + 4 00 nq)
• Administração pública — 39 000 (37 000 q + 2 000 nq)
Total dos operários industriais : 1 425 000
Total dos operários agrícolas : 78 000
Outros assalariados : 474 000
TOTAL DO PROLETARIADO —1 977 000
•
[ MAIS DE 600 000 DESEMPREGADOS — Em 2006, o número oficial de desempregados atingiu 458 000, isto é, 8,2% de população activa. Na realidade o número é superior. Se adicionarmos os 85 200 "inactivos disponíveis" e os 68 500 "subempregados visíveis", chegamos a um total de 612 300, ou seja, 11% da população activa]
Política Operária • apartado 1682 • 1016-001 Lisboa • Tel : 931 133 066 • E mail : dinopress@ail.telepac.pt • Site : ttp.www.politicaoperaria.net
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