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Faleceu o Joaquim Alentejano.

Amigo meu de longa data. A memória perde-se no tempo de 48 anos de amizade. Não havia muitos Alentejanos como o Joaquim. Longe do Sobral da Adiça, a sua aldeia natal, era todo Alentejo que permanecia sempre presente no seu universo. Os que o conheceram, os que com ele conviveram sabem quem o Alentejano era. Amigo do seu amigo. Um amigo irreverente e universalista, aberto sobre o mundo. Não era homem de compadrios ou reverências. Era um homem em permanente revolta, contra as injustiças e a hipocrisia social.

A recente operação à segunda anca, que ele nunca viu com bons olhos, reduziu-lhe a mobilidade e prendeu-o ao domicílio. O Joaquim não era homem para ficar preso ou amarrado.

Só ao seu Alentejo continuava amarrado.

A morte levou-o. Foi incinerado no Domingo, 10 de Fevereiro de 2019.

João Machado