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josé afonso, cantigas de maio

 Cantigas do Maio 


Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós baixos dum jardim

Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim


Eu fui ver o meu benzinho
Lá p'rós lados dum passal

Dei-lhe o meu lenço de linho

Que é do mais fino bragal

Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou

Para então dizer ao mundo

Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou

Eu fui ver uma donzela
Numa barquinha a dormir
Dei-lhe uma colcha de seda

Para nela se cobrir


Eu fui ver uma solteira

Numa salinha a fiar

Dei-lhe uma rosa vermelha

Para de mim se encantar


Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou

Para então dizer ao mundo

Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou

Eu fui ver a minha amada
Lá nos campos eu fui ver

Dei-lhe uma rosa encarnada

Para de mim se prender

Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão

As andorinhas não param

Umas voltam outras não


Minha mãe quando eu morrer

Ai chore por quem muito amargou

Para então dizer ao mundo

Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou

José Afonso

 



28/12/2006
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